O empresário Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, compareceu à sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira (30). Ele chegou por meio de um voo comercial e seguiu diretamente para o tribunal. A Polícia Federal (PF) também conduziu o depoimento do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, acompanhado pelo diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.
Possível Acareação
A PF, o BRB e o Banco Central planejavam realizar uma acareação entre os depoentes. No entanto, o ministro do STF Dias Toffoli decidiu que cada um dos investigados daria seu depoimento individualmente antes de qualquer confronto. Essa decisão visa a esclarecer as inconsistências nos dados.
Investigação da Venda do Banco Master
A investigação da PF apura suspeitas de fraude na tentativa de venda do Banco Master ao BRB. A PF suspeita que antes da formalização do negócio, o Banco Master falsificou e vendeu carteiras de crédito consignado ao BRB.
Valor das Carteiras Falsificadas
A investigação aponta que cerca de R$ 6,7 bilhões das carteiras de crédito falsificadas e R$ 5,5 bilhões ligados a prêmios e bônus foram comercializados. Essa operação levou à liquidação do Banco Master em novembro de 2023 e à prisão de Daniel Vorcaro por 12 dias.
Reações e Decisões das Instituições
A decisão inicial do ministro Toffoli de realizar uma acareação, sem pedido da PF e questionada pela Procuradoria-Geral da República, gerou críticas e desconfiança no mercado financeiro. Toffoli justificou a necessidade de esclarecer as divergências nos depoimentos.
Posicionamento do Banco Central
O Banco Central questionou a urgência da acareação e solicitou esclarecimentos sobre a participação de Ailton de Aquino. O ministro Toffoli defendeu a importância da participação do diretor para o sistema financeiro, considerando a relevância do caso.
Posicionamento da Procuradoria-Geral da República
A Procuradoria-Geral da República solicitou a suspensão da acareação, argumentando que o procedimento seria prematuro. Instituições financeiras divulgaram nota conjunta, defendendo o Banco Central e destacando a importância de um regulador independente para a solidez do sistema financeiro.
