DIRR3 sobe 99% em 2024 e deve pagar dividendos bilionários
Banco revisa cenário e eleva preço-alvo da construção civil para R$ 19. Investidores atentos ao setor de baixa renda.
Direcional se mantém positiva com a Faixa 4 e projeções de dividendos
O banco Santander reforça sua recomendação de compra para a Direcional (DIRR3), elevando o preço-alvo das ações de R$ 16,02 para R$ 19, um potencial de valorização de 19%. Essa recomendação se baseia na expectativa de que a nova categoria criada pelo Conselho Curador do FGTS, a Faixa 4, impulsione o setor de construção civil de baixa renda.
A Faixa 4, destinada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil e para a compra de moradias de até R$ 500 mil, tem gerado um aumento significativo na demanda por imóveis.
Faixa 4 impulsiona o mercado imobiliário
A Faixa 4, que surgiu para cumprir uma promessa de campanha do governo Lula, tem beneficiado o segmento de classe média-alta, que antes enfrentava dificuldades devido à alta dos juros nos financiamentos, que atingiram patamares de 12% a 13% ao ano. A nova faixa oferece crédito subsidiado com taxas na ordem de 10,5% ao ano, um patamar inferior ao praticado fora do programa Minha Casa, Minha Vida.
Essa diferença de taxas tem impulsionado a demanda por imóveis, gerando um cenário mais favorável para a Direcional.
Projeções de Dividendos e Riscos
O Santander elevou suas estimativas de dividendos da Direcional, projetando até R$ 1,2 bilhão em 2025, com R$ 346 milhões já anunciados e cerca de R$ 580 milhões em 2026. Essa revisão reflete a expectativa de que a aprovação da reforma do imposto de renda pelo Senado possa levar a empresa a antecipar parte dos rendimentos no ano seguinte.
No entanto, o banco também aponta alguns riscos, como uma alta inesperada nos custos de construção e de mão de obra, e o aumento das taxas de financiamento imobiliário em caso de deterioração fiscal.
Direcional otimista com a demanda recorde
O CEO da Direcional, Ricardo Gontijo, expressou otimismo em relação às perspectivas para os negócios enquadrados no MCMV, com vendas recordes em setembro e expectativa de um 4T25 sólido, apoiado por lançamentos mais expressivos. Ele acredita que a nova demanda gerada pela Faixa 4, com famílias que antes não conseguiam comprar, voltará a ter capacidade de compra.
O banco também destaca a velocidade de vendas (VSO) resiliente em mercados-chave, com São Paulo liderando o avanço da companhia.
Autor(a):
Redação
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