Dólar dispara e marca novo recorde contra o real (R$ 5,50)!

Na tarde de hoje, o dólar operava em R$ 5,482, com forte variação no mercado financeiro.

10/10/2025 14:03

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Dólar dispara e marca novo recorde contra o real (R$ 5,50)!
(Imagem de reprodução da internet).

Dólar Atinge Novo Patamar no Brasil

O dólar à vista registrou uma nova alta nesta sexta-feira (10), fechando em R$ 5,50, impulsionado pelo aumento da aversão ao risco no mercado doméstico, com foco nas preocupações fiscais. As tensões geopolíticas globais também contribuíram para a pressão sobre a moeda americana.

Por volta das 11h (horário de Brasília), o dólar à vista (USDBRL) alcançou a máxima do dia, atingindo R$ 5,4907, com um avanço de 2,15%. A cotação, às 14h, era de R$ 5,482.

Foco Fiscal e Medidas do Governo

A desvalorização do real em relação a outras moedas é atribuída, em parte, às incertezas relacionadas à política fiscal do governo. O real apresenta o pior desempenho entre os mercados emergentes nesta data.

O governo Lula prepara um “pacote de bondades” com um impacto estimado de R$ 100 bilhões em 2026, ano eleitoral. Este pacote inclui a ampliação da isenção de Imposto de Renda para trabalhadores com renda até R$ 5 mil mensais, já aprovada na Câmara dos Deputados e em análise no Senado. Além disso, o pacote contempla a distribuição gratuita de gás de cozinha para beneficiários do Cadastro Único, isenção de tarifas de luz para 17 milhões de famílias e o pagamento de bolsas do Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio.

Novas Medidas de Crédito Imobiliário

O mercado reage também ao anúncio de uma nova política de crédito imobiliário. Esta nova medida, voltada para famílias com renda acima de R$ 12 mil (não contempladas pelo Minha Casa, Minha Vida), prevê o fim do direcionamento obrigatório dos depósitos da poupança para o crédito. As mudanças entrarão em vigor a partir de janeiro de 2027, após um período de transição que começará neste ano.

Impacto Externo e Cenário Global

A queda de mais de 3% no petróleo Brent, decorrente do fim da guerra na Faixa de Gaza, também exerce pressão sobre o real. Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, são afetados negativamente pela queda nos preços das commodities.

No exterior, o dólar perde força em relação a moedas consideradas fortes, como o euro e a libra esterlina. Essa dinâmica ocorre após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que mencionou a possibilidade de aumento de tarifas sobre produtos chineses e a consideração de medidas de retaliação contra a China, devido a controles de exportação sobre terras raras.

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