Donald Trump terá moeda do Tesouro dos EUA em disputa polêmica

Moeda dividida: independência americana surge em contraste com o legado de Donald Trump, gerando debates acalorados.

15/10/2025 12:51

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Donald Trump terá moeda do Tesouro dos EUA em disputa polêmica
(Imagem de reprodução da internet).

Donald Trump em Moeda Comemorativa dos EUA: Um Paradoxo Americano

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está considerando a emissão de uma moeda comemorativa de US$ 1 para celebrar os 250 anos de independência do país, marcados para 2026. No entanto, a proposta, que inclui a efígie do presidente Donald Trump, reacendeu um debate sobre a relação entre simbolismo, legalidade e a figura do líder americano.

O Design da Moeda: Símbolos e Contradições

O lado da moeda apresenta Trump em perfil, acompanhado da palavra “Liberty” e das datas “1776-2026”. Abaixo, a inscrição “In God We Trust” completa o cenário de patriotismo. O outro lado mostra Trump com o punho cerrado e a frase “Fight, Fight, Fight”, ecoando palavras ditas durante sua recuperação após a tentativa de assassinato em um comício.

O Impasse Legal e Constitucional

A lei americana que rege as emissões vinculadas ao semiquincentenário impõe restrições específicas, proibindo retratos de “cabeça e ombros” ou bustos de pessoas vivas no reverso das moedas. O design com Trump, que o mostra de corpo inteiro, parece desafiar essa norma, gerando um debate sobre os limites da legalidade.

A Lei de Redesenho de Moedas Colecionáveis Circulantes

A lei de 2020 autoriza o Tesouro a emitir moedas especiais de US$ 1 entre janeiro e dezembro de 2026, com designs emblemáticos do aniversário de 250 anos dos Estados Unidos. A legislação também estabelece que nenhum retrato de pessoa viva pode constar nas peças comemorativas desse tipo, com a exceção histórica de 1926, quando Calvin Coolidge apareceu em uma moeda alusiva à Exposição da Independência.

Um Paradoxo Americano

Se a moeda for adiante, ela entrará para a história não apenas como celebração dos 250 anos da independência americana, mas como exemplo de como o país mais poderoso do mundo continua dividido entre o mito e a norma. O dólar, em tese, deveria ser neutro, um símbolo nacional, não de um indivíduo. Na prática, a peça com o rosto de Trump sintetiza uma contradição antiga: os Estados Unidos são ao mesmo tempo a pátria do liberalismo e o berço dos super-heróis.

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