Economistas alertam para desafios e incertezas na economia brasileira em 2026

Economia brasileira em 2026: desafios e expectativas com projeções de inflação e risco de dívida pública. Ricardo Rodil e André Mirsky divergem sobre o futuro.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O ano de 2026 apresenta desafios para a economia brasileira, com incertezas em diversos setores. Economistas divergem em suas projeções, indicando múltiplos vetores que podem influenciar o desempenho do país. A persistência da inflação, mesmo com juros elevados, é um dos principais pontos de preocupação.

Divergências de Opinião

Ricardo Rodil, economista da Crowe Macro Brasil, expressa pessimismo, destacando que a inflação permanece acima do desejado. Ele aponta para um risco significativo no crescimento da demanda em relação à capacidade de oferta do país, o que contribui para a pressão sobre os preços.

Por outro lado, André Mirsky, consultor financeiro, oferece uma perspectiva mais equilibrada, mencionando a desinflação iniciada em 2025 e o bom desempenho do setor externo como fatores que limitam os riscos.

Projeções e Expectativas

As projeções indicam uma inflação de cerca de 4,2% para 2026, com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 1,78%. O crescimento pode ser maior se a confiança do mercado se fortalecer. Há expectativa de cortes graduais nas taxas de juros, caso a inflação apresente sinais de controle.

Desafios e Riscos

O quadro fiscal do próximo governo é delicado, com a possibilidade de a dívida pública ultrapassar 100% do PIB sem reformas estruturais. Apesar dos desafios, o país conta com fatores de suporte, como exportações robustas, contas externas saudáveis e a produção agrícola.

A taxa de desemprego, em 5,4% em outubro, indica uma economia acima da capacidade ideal de produção.

Eleições e Volatilidade

A incerteza eleitoral deve aumentar a volatilidade nos mercados, podendo reduzir investimentos e adiar projetos estruturais. O comportamento dos preços dos alimentos, como ocorreu nas eleições dos Estados Unidos, também se torna um fator relevante.

Recomenda-se cautela para famílias e empresas, com foco na redução de dívidas caras e na priorização de investimentos em renda fixa.

Conclusão: Gestão de Riscos em 2026

O consenso aponta para a necessidade de uma gestão disciplinada de riscos em 2026. Não se trata de um cenário de crise, mas sim de uma navegação cuidadosa. A economia brasileira exigirá atenção e planejamento para lidar com os desafios e aproveitar as oportunidades que surgirem.

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