Eleições 2026: Risco de orçamento engessado sem oposição organizada no Brasil
Frente fiscal segue como risco central, mas 2026 terá lógica eleitoral, com ajustes estruturais para 2027.

Política Nacional em Foco: Desafios e Perspectivas para 2026
A semana se apresenta com eventos relevantes no cenário político brasileiro. A disputa pela reeleição do governador Tarcísio de Freitas em São Paulo, somada à expectativa de uma possível conversa entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, intensificam o debate político.
O encontro entre Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Jair Bolsonaro, em regime domiciliar, demonstra a movimentação política em curso. A intenção de Tarcísio de Freitas de disputar a reeleição abre espaço para que outros nomes da oposição , como Ratinho Jr., possam ser considerados para a disputa presidencial.
Desafios para a Oposição
Interpretar o recuo do governador Tarcísio de Freitas como uma manobra tática, e não uma decisão definitiva, ressalta um ponto crucial: a capacidade de organização da oposição. A alternância de poder em 2026 depende menos de figuras individuais e mais da capacidade de uma oposição coesa.
Reforma Fiscal e o Cenário Econômico
O ponto central da discussão é a viabilidade de um projeto reformista consistente, capaz de estabelecer uma reforma fiscal profunda a partir de 2027. Não se trata de ajustes pontuais, mas de um redesenho estrutural do orçamento brasileiro.
Riscos e Oportunidades
Para que isso ocorra, é fundamental que alguém com convicção e capacidade de articulação esteja na presidência, ou que o debate seja pautado de forma firme em 2026, evitando que o perdedor da eleição use o ajuste de 2027 como bandeira de oposição. A situação fiscal brasileira, marcada pelo endividamento público, exige uma correção de rumo urgente.
Frente Fiscal e as Eleições de 2026
A frente fiscal permanece como um vetor central de risco. A decisão do TCU sobre o arcabouço fiscal pode obrigar o bloqueio de R$ 34 bilhões em despesas em pleno ano eleitoral. A meta fiscal se tornou artificial, perdendo utilidade como referência confiável. A janela de 12 meses que antecede as eleições se aproxima, com chances concretas de um rali eleitoral.