Eletronuclear alerta para risco de ‘colapso’ e pede R$ 1,4 bi ao governo Lula

Eletronuclear emite novo alerta como parte de série de pedidos de socorro em meses.

27/10/2025 16:19

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(Imagem de reprodução da internet).

Crise na Eletronuclear: Alerta de Colapso e Impacto no Governo Lula

A Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra 1 e 2, voltou a ser alvo de preocupação após solicitar um socorro de R$ 1,4 bilhão ao governo. A estatal enfrenta uma grave crise financeira que pode ter consequências significativas para o presidente Lula e para o Orçamento Fiscal do país.

O pedido de ajuda, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, surge em um momento delicado, com a empresa prevendo o esgotamento de caixa em novembro de 2025 e a incapacidade de honrar seus compromissos até o fim de 2025. A situação é agravada por um efeito cascata que poderia resultar em um aumento de cerca de R$ 6,5 bilhões em dívidas, além da retenção de receitas e até a inviabilidade definitiva do Projeto Angra 3.

Um levantamento do BNDES, divulgado em 2024, indica que a retomada das obras de Angra 3 exigiria um investimento de R$ 23 bilhões, um valor superior ao custo para abandonar completamente o projeto, estimado em R$ 21 bilhões. A empresa já gasta cerca de R$ 1 bilhão por ano com a manutenção e o serviço da dívida de Angra 3, o que consome o caixa próprio e não é coberto pela tarifa de energia.

A crise da Eletronuclear pode cair diretamente sobre o governo Lula, pois a estatal pode se tornar dependente do Tesouro Nacional para pagar despesas de pessoal e custeio. Essa dependência representaria um desfecho desastroso para a gestão, que precisaria abrir espaço no Orçamento Fiscal para acomodar as despesas da Eletronuclear, sacrificando outras políticas da gestão.

Possíveis Soluções e Desafios

A Eletronuclear busca alternativas para reverter a situação, como o “enquadramento extraordinário e antecipado” nas regras do Decreto n.º 12.500 de 2025, que regulamenta o plano de reequilíbrio econômico-financeiro de estatais. No entanto, a empresa afirma que nenhuma saída resolverá a equação maior, que envolve o custo de R$ 1 bilhão por ano de Angra 3.

O Ministério da Fazenda adota uma postura restritiva em relação a pedidos de aporte em empresas estatais, incentivando melhorias de gestão e alternativas próprias de negócio. A situação da Eletronuclear é vista com preocupação, considerando o impacto no Orçamento Fiscal e a necessidade de encontrar uma solução para evitar um colapso operacional e financeiro da estatal.

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