Embraer avalia revogar investimentos nos EUA em meio a tarifas americanas
Embrae (EMBR3) avalia revogar investimentos nos EUA se tarifas não forem zeradas. CEO destaca impacto nas vendas e competitividade.
A trajetória da Embraer (EMBR3) no final de 2025 apresenta um cenário significativamente diferente do observado na primeira metade do ano, conforme indicado pelas recentes declarações da empresa. A fabricante de aeronaves brasileira sinalizou a possibilidade de revogar investimentos nos Estados Unidos, caso as tarifas comerciais impostas pelo governo americano não sejam revertidas para zero.
Essa situação emerge em um contexto de tensões comerciais entre os países.
Investimentos Anunciados e Reavaliação
A Embraer havia anunciado investimentos de R$ 376 milhões no Texas, parte de um plano total de US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos. Além do Texas, a unidade em Melbourne, na Flórida, também está prevista para receber aportes. A empresa também deixou em aberto a possibilidade de um investimento adicional de US$ 500 milhões, caso o cargueiro KC-390 seja selecionado pela força aérea norte-americana.
Impacto das Tarifas e Estratégia da Embraer
As tarifas comerciais, inicialmente de 10% sobre produtos brasileiros, implementadas em abril, geraram preocupação na Embraer. O aumento para 50% e a posterior volta para 10% intensificaram a análise da empresa. O CFO da Embraer, Antonio Garcia, destacou que a empresa tem buscado minimizar os impactos das tarifas internamente, mas a situação continua sendo um obstáculo.
Competitividade e Decisões Futuras
Garcia enfatizou que o mercado de aviação regional da Embraer, com foco nos Estados Unidos, está sendo afetado pela imposição das tarifas, resultando em perda de competitividade. A empresa observa que os concorrentes já retornaram à tarifa zero.
A decisão final sobre a revisão dos investimentos dependerá da mudança na política tarifária americana.
Premiação e Perspectivas para 2026
Durante a entrega do Prêmio Equilibrista, promovido pelo IBEF-SP, Garcia comentou sobre o ambiente de alta volatilidade no mercado financeiro, especialmente nas relações comerciais internacionais. Para 2026, o executivo antecipa a manutenção de um cenário volátil, influenciado por fatores como o comércio internacional.
Autor(a):
Redação
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