Embraer e Vibra fecham negócio para biocombustíveis e futuro sustentável
Empresa brasileira busca operar aeronaves com 100% de combustível sustentável até 2030.
Embraer Adquire Primeiro Lote de SAF da Vibra para Testes Avançados
A Embraer (EMBR3) anunciou, nesta quinta-feira (25), uma importante aquisição: o primeiro lote de combustível de aviação sustentável (SAF) proveniente da Vibra (VBBR3). Essa compra estratégica visa acelerar os estudos da fabricante brasileira para que suas aeronaves possam operar exclusivamente com biocombustível de origem renovável, eliminando a necessidade de misturas com combustíveis fósseis.
Objetivo da Aquisição: Testes e Compatibilidade
O SAF tem a capacidade de substituir o querosene convencional sem exigir modificações nas aeronaves ou na infraestrutura de abastecimento, representando uma solução prática para reduzir as emissões do setor aéreo. A Embraer busca validar essa viabilidade através de testes rigorosos e abrangentes.
Testes no Brasil e Importação de SAF
Apesar do grande potencial de produção no Brasil, a Embraer reconhece que o SAF ainda não está disponível em larga escala. Os estudos da fabricante serão conduzidos no país, em contraposição a pesquisas anteriormente realizadas em laboratórios nos Estados Unidos e na Europa. O SAF importado da Bélgica, atualmente disponível na base localizada no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, é o foco inicial desses testes.
Embraer e a Busca por SAF até 2030
A Embraer pretende que suas aeronaves operem com 100% SAF até 2030, conforme o plano do head global de ESG, André Tachard. Atualmente, todas as aeronaves da Embraer estão aptas a operar com uma mistura de até 50% desse combustível. A empresa acredita que o SAF tem o potencial de reduzir as emissões de carbono na indústria aeroespacial em até 80% em comparação com o tradicional.
Petrobras Entra na Produção de SAF com Óleo Vegetal
A Petrobras (PETR4) também está avançando na produção de SAF. Em um marco histórico, a estatal produziu, pela primeira vez, combustível de aviação sustentável a partir de óleo vegetal, durante um teste na refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP). A Petrobras prevê que a produção comercial de SAF deve ter início “nos próximos meses”.
Estratégia da Petrobras e a Lei do Combustível do Futuro
Para o gerente geral da Revap, Alexandre Coelho Cavalcanti, a operação na refinaria é “uma abordagem de menor investimento para a produção de combustíveis com conteúdo renovável, pois utiliza os ativos existentes”. A consolidação da capacidade de produção de SAF por coprocessamento é uma exigência do setor, e a partir de 2027, as companhias aéreas no Brasil deverão começar a usar, obrigatoriamente, combustível sustentável de aviação, com base na Lei do Combustível do Futuro .
