Investimentos em Novembro: Análise da Empiricus Research
Outubro foi um mês agitado para os investidores, marcado por flutuações no Ibovespa, influenciadas pelo encontro de líderes mundiais, cortes de juros nos Estados Unidos e negociações entre os países. Essa conjuntura, juntamente com a expectativa de mais cortes de juros, impulsionou a bolsa brasileira, que atingiu novos recordes.
A Empiricus Research apresenta recomendações para novembro, considerando diferentes classes de ativos e estratégias de investimento.
Ações: Seleção e Oportunidades
Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, destaca a importância de empresas que geram caixa e expandem a rentabilidade, mesmo em um cenário de juros altos. A seleção de ações se concentra em empresas que se beneficiarão de futuros cortes na taxa Selic.
A inclusão do Nubank (ROXO34) na carteira da casa de análise é um ponto chave, devido à relação do custo de captação da fintech com o CDI e à expectativa de redução da inadimplência. A temporada de balanços também é um fator relevante, com a carteira buscando empresas com bom desempenho operacional e potencial de valorização.
A mudança mais recente na carteira é a inclusão do Nubank (ROXO34).
Dividendos: Antecipação e Oportunidades
Ruy Hungria, analista da Empiricus, ressalta que, apesar do cenário restritivo de juros, empresas com baixo endividamento e forte geração de caixa podem se beneficiar. A antecipação de pagamentos de dividendos é uma estratégia para blindar os acionistas contra a taxação.
As principais empresas que podem divulgar dividendos rechonchudos são o Itaú (ITUB4) e a Eletrobras (ELET3), devido ao seu forte turnaround e à expectativa de melhora nos preços de energia.
Fundos Imobiliários: Estratégias e Tendências
Caio Araújo, especialista da Empiricus, aponta que, apesar do cenário restritivo, os fundos imobiliários estão apresentando um bom desempenho em 2025, impulsionados pela captação de recursos via emissão de cotas. A “troca de cotas”, que utiliza a emissão para aquisição de imóveis, se intensificou devido à escassez de recursos na categoria.
Apesar da valorização recente dos FIIs, o analista destaca a importância de considerar o spread entre o dividend yield e a taxa NTN-B, que sinaliza um ambiente menos vantajoso. A Empiricus optou pela saída do Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) e a compra do RBR High Grade (RBRR11), devido ao desconto da cotagem e à alta qualidade de crédito.
Ações Internacionais: Big Tech e Empresas Defensivas
Enzo Pacheco, responsável pela carteira de BDRs da Empiricus Research, destaca o desempenho das gigantes de tecnologia norte-americanas, como Amazon (AWS), Microsoft (Azure) e Google (Google Cloud), impulsionado pelo crescimento da computação em nuvem.
Apesar da correção da Meta após sinalizar mais investimentos, a empresa permanece entre as principais posições na carteira. A adição da operadora de telefonia e internet AT&T busca equilíbrio entre tecnologia e empresas defensivas.
Criptomoedas: Consolidação e Expectativas
Guilherme Prata, da Bitget, aponta que outubro (Uptober) não foi tão forte quanto o esperado no mercado de criptomoedas, devido à liquidação de US$ 20 bilhões em derivativos. No entanto, o setor está consolidando um novo ciclo de maturidade, com a abertura de capital de empresas como Circle e Gemini, e a criação de ETFs.
A expectativa é de uma redução da volatilidade, especialmente após a criação de novas regras para stablecoins lastreadas em títulos do Tesouro norte-americano. Prata projeta o bitcoin (BTC) oscilando entre US$ 100 mil e US$ 150 mil.