Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora

A Kinea Investimentos apostou no urânio e na energia nuclear como seus principais investimentos para o próximo século.

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Com a inteligência artificial (IA) se tornando cada vez mais relevante no cotidiano, a Kinea Investimentos — gestora vinculada ao Itaú, com mais de R$ 131 bilhões sob gestão — acaba de anunciar sua nova aposta para o próximo século: o investimento em urânio e energia nuclear.

Para a gestora, em um mundo impulsionado pela inteligência artificial, o que antes era ficção científica torna-se dependente de algo muito concreto: energia. E o combustível para essa revolução é o urânio.

A Kinea lança sua nova aposta para os próximos cem anos.

A inteligência artificial deixou de ser apenas um conceito abstrato. Ela já está em nossos celulares, nas decisões corporativas, nas redes sociais – em praticamente tudo ao nosso redor.

Todo esse poder computacional requer energia. Não se trata de energia qualquer: trata-se de energia abundante, constante e confiável. Com milhões de data centers surgindo pelo planeta, o consumo elétrico aumentou significativamente.

A Kinea estima que a demanda por energia elétrica nos Estados Unidos aumentará em aproximadamente 70 GW até 2030, o que equivale a duas Eletrobras completas em um período de cinco anos, representando 8,5% da eletricidade total consumida no país.

A Kinea declarou que a geração de energia elétrica assume um papel estratégico no cenário geopolítico global, devido à crescente demanda impulsionada pela inteligência artificial e seus possíveis impactos.

O brilho do urânio e da energia nuclear

É ali que se encontra a energia nuclear. Estável, limpa e de baixo custo operacional, ela voltou a ganhar destaque no interesse de países que antes a evitavam, como Reino Unido e Japão.

Nos Estados Unidos, a situação demonstra otimismo, conforme aponta a gestora: grandes empresas de tecnologia, incluindo Google, Amazon e Microsoft, estão investindo ou estabelecendo parcerias, ao tempo em que o governo impulsiona a energia nuclear.

Após longos períodos de interrupção e riscos de encerramento das usinas, o país retorna a investir nessa fonte de energia estável, conforme declarou a gestora.

Segundo a Kinea, o caso da “commodity nuclear”

Para a Kinea, o “renascimento” nuclear tem impacto direto no mercado de urânio, combustível que alimenta os reatores.

Após o acidente de Fukushima, em 2011, o setor enfrentou anos de declínio, caracterizados por preços em declínio e reduções na produção.

A Kinea já identificava desde 2023 um déficit crescente, que deverá se intensificar na próxima década.

A adição de novos data centers, o reativamento de usinas e a ampliação da vida útil de outras plantas, aumentam ainda mais a complexidade do cenário.

A gestora afirma que a construção de novas usinas, com um tempo de operação de aproximadamente 10 anos, não gera uma demanda imediata, porém eleva a projeção de déficit futuro. Isso poderia levar as usinas a adiantar compras para prevenir a falta de abastecimento.

Em curto prazo, atrasos em projetos-chave e problemas de produção no Canadá e Cazaquistão – países que respondem por mais de 50% da oferta global – agravam a situação.

Para a Kinea, a equação é evidente: aumento da demanda nuclear mais oferta limitada de urânio = escassez no mercado.

A consequência lógica, então, é o aumento dos preços, “dado que os níveis atuais não proporcionam incentivo econômico à expansão da capacidade necessária”, declarou a gestora.

Quais são as oportunidades de investimento em urânio e energia nuclear?

A Kinea avalia que o ressurgimento da energia nuclear, aliado ao desenvolvimento da inteligência artificial, apresenta múltiplas possibilidades de investimento e distintos segmentos da cadeia podem obter vantagens.

A IA não depende de promessas passageiras – ela necessita de energia contínua, como a que fontes nucleares podem fornecer. Nesta nova fase tecnológica, estamos ajustando nossa produção de energia para suportar o poder de computação da próxima geração, declarou a Kinea.

A Kinea identifica três principais formas de se expor a essa tendência.

A Kinea investe na nova tese secular.

Fonte por: Seu Dinheiro

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