Febraban projeta crescimento de 1% em crédito total em outubro de 2025

A estimativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta para um crescimento de 1% na carteira de crédito total em outubro de 2025, mantendo o ritmo anual de expansão em 10,1%. Esses números são baseados em dados consolidados dos principais bancos do país e representam uma prévia da Nota de Crédito da Febraban, que será divulgada pelo Banco Central (BC) no dia 26 de novembro.

O crescimento da carteira de crédito total será impulsionado principalmente pelo segmento de consumo das famílias, com uma expansão de 1,3% em outubro. A carteira com recursos livres para pessoa física deve avançar 1,6%, enquanto as linhas de maior risco (rotativas) continuarão com um ritmo de expansão mais elevado. A carteira Livre para Pessoa Física (PF) deve acelerar para 12,6% em 12 meses, subindo de 12,2% em setembro.

A carteira PF Direcionada deve crescer 0,9% no mês, influenciada pelos primeiros efeitos das renegociações do crédito rural.

No setor empresarial, o crescimento do crédito deve ser de 0,4% em outubro, impulsionado pelos recursos direcionados (+2,0%), que seguem sustentados pelos programas governamentais. Em 12 meses, a carteira direcionada PF deve permanecer estável em 9,4%.

A carteira PJ com recursos livres deve recuar 0,6%, impactada por fatores sazonais, a apreciação cambial e o dinamismo do capital de giro.

Rubens Sardenberg, diretor da Febraban, observou que o processo de desaceleração do crédito está ocorrendo gradualmente, mesmo com uma política monetária restritiva. Apesar disso, o crescimento da carteira total permanece em dois dígitos, sustentado por programas governamentais e linhas de consumo. Sardenberg alertou para uma possível alta na inadimplência nos próximos meses.

A Febraban projeta uma expansão de 2,1% na carteira de concessões em outubro (ajustado pelo número de dias úteis, resultando em uma queda de 2,3% na margem). Essa queda reflete a redução no volume de crédito direcionado (-12,5%), especialmente para empresas, e a comparação com o mês de outubro de 2024, que elimina efeitos sazonais. No acumulado em 12 meses, a expansão das concessões deve desacelerar, passando de 10,8% para 9,9%.