Federal Reserve sinaliza corte de juros em dezembro e otimismo no mercado!

Após um período de instabilidade nos mercados de ações americanos, a semana iniciou com um movimento de acomodação, acompanhado de uma melhora no sentimento dos investidores. Essa mudança de perspectiva foi impulsionada principalmente por declarações de membros do Federal Reserve (Fed), que sinalizaram apoio à possibilidade de um corte de 25 pontos-base na reunião de dezembro.

A virada no tom ocorreu na sexta-feira passada, com as falas de John Williams (Fed de Nova York) e Mary Daly (Fed de São Francisco), e foi reforçada nesta semana por Christopher Waller. Essas declarações ampliaram a probabilidade de redução das taxas de juros para cerca de 80%, representando uma mudança significativa em relação ao ceticismo do mês anterior.

Indicadores Econômicos e Expectativas

O reposicionamento do mercado foi acompanhado por indicadores econômicos mais fracos, como o emprego, as vendas no varejo e a confiança do consumidor. Isso elevou as apostas para um corte de juros em dezembro para quase 85%. A confiança do consumidor recuou, atingindo 88,7 pontos, um sinal de preocupação.

As vendas no varejo de setembro subiram apenas 0,2% em comparação com agosto, um resultado abaixo das expectativas. Apesar disso, pesquisas indicam que muitos consumidores planejam manter seus gastos, sugerindo que a deterioração do sentimento ainda não se refletiu em uma queda significativa na demanda.

Perspectivas para 2026

A Black Friday, que ocorreu em um calendário encurtado devido a um feriado nos EUA, deve fornecer informações sobre a resiliência do consumo. Mesmo com um corte de juros em dezembro, o cenário para 2026 permanece complexo.

O Federal Reserve enfrenta desafios, incluindo a inflação acima da meta e a fragilidade do mercado de trabalho. Alguns dirigentes defendem adiar a decisão para janeiro, devido ao atraso na divulgação de dados. A mudança no comando do Federal Reserve pode significar uma guinada moderadamente mais dovish.

Conclusão

Um mercado de trabalho persistentemente fraco poderia abrir espaço para mais cortes de juros ao longo do próximo ano, permitindo flexibilidade para ajustes adicionais ou pausas conforme os dados evoluem. Um corte já em dezembro permanece no radar e deve continuar sustentando o otimismo dos mercados globais.