Felipe Miranda critica frustração do mercado com Lula e prevê avanços na bolsa

Felipe Miranda critica percepção do mercado sobre Lula 3. CEO da Empiricus avalia “erro de diagnóstico” nas eleições e impacta bolsa

18/12/2025 19:04

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(Imagem de reprodução da internet).

O CEO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, expressa frustração com a percepção do mercado financeiro em relação ao desempenho fiscal do governo Lula 3. Após três anos, o analista identifica que a política fiscal “frouxa” e o “excesso de intervencionismo na economia” contribuíram para o desgaste da imagem do petista no setor financeiro.

Diagnóstico e Eleições

Miranda acredita que houve um “erro de diagnóstico” nas últimas eleições presidenciais brasileiras de 2018 e 2022, um erro que não se manifestou nas urnas. Ele argumenta que “quem ganhou a eleição de 2018 não foi o Bolsonaro, foi o antipetismo.

Da mesma maneira, quem ganhou a eleição de 2022 não foi o Lula, foi o antibolsonarismo”.

Reação Inicial e Percepção Estrangeira

O analista relembra que a reeleição de Lula em 2022 foi recebida com alta na bolsa de valores, impulsionada pela percepção positiva dos investidores estrangeiros. Miranda destaca que, entre 2003 e 2007, “Lula fez ‘o gringo’ ganhar dinheiro”.

Fatores Adicionais e Perspectivas Futuras

Além disso, Miranda ressalta que fatores como a narrativa negativa em torno da gestão da pandemia por parte de Bolsonaro, suas características e preocupações com questões democráticas, também impactaram a possibilidade de reeleição do ex-presidente.

Em relação às próximas eleições presidenciais de 2026, o analista considera que o evento ainda não exerce grande influência sobre a bolsa de valores brasileira. Ele aponta que a influência é apenas uma das várias forças atuantes, como o fluxo para emergentes, expectativas de queda de juros e a tributação de dividendos.

A partir de abril do próximo ano, Miranda acredita que a chegada do período eleitoral pode se tornar um fator relevante, especialmente se houver sinais de uma política fiscal mais responsável em 2027. Ele prevê que, nesse cenário, a bolsa de valores pode avançar significativamente.

O analista enfatiza que o investidor local não precisa se preocupar excessivamente com o resultado das eleições, pois o investidor estrangeiro observa uma “faixa estreita de diferença” entre as possíveis candidaturas. Ele compara a situação com a comparação entre a Argentina e a Noruega.

Miranda também comenta que conseguir se reeleger está se tornando mais difícil, devido à máquina política e à perda de relevância para o mundo. Ele observa que o incumbente tem perdido no mundo.

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