FGC Completa 30 Anos em Meio a Intervenção Histórica
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) comemora 30 anos de existência em um cenário marcado por uma intervenção que promete ser a maior da sua história. A instituição, criada em 16 de novembro de 1995, surgiu como resposta à crise bancária que assolava o Brasil, pouco antes da implementação do Plano Real e do controle da hiperinflação.
A data de 18 de março de 2025, marca o momento em que o FGC precisará acionar sua maior intervenção, devido à liquidação extrajudicial do Banco Master.
A situação do Banco Master, comandado por Daniel Vorcaro, representa a 41ª instituição financeira a motivar desembolsos por parte do FGC. A liquidação extrajudicial do banco, que terá um impacto significativo no FGC, ocorre em um momento de avaliação do seu papel na prevenção de crises financeiras no país.
O FGC, além de garantir os depósitos dos clientes, atua na prevenção de crises, fornecendo suporte de liquidez às instituições associadas.
Primeiros Desafios e Intervenções
A primeira intervenção do FGC ocorreu em março de 1996, com o Banco Dracma. Diante da falência do banco, o FGC restituiu R$ 363 mil a 154 clientes. A cobertura da garantia do FGC, na época, era limitada a R$ 20 mil por CPF ou CNPJ. Ao longo dos anos, o FGC enfrentou outros desafios, como a crise do Banco Nacional e do Banco Econômico, ambos em 1995, e a intervenção no Banco Panamericano em 2010, pertencente a Silvio Santos.
Caso Banco Santos e Outras Intervenções Notórias
Outro caso notório que exigiu o acionamento do FGC foi a quebra do Banco Santos, em meio a uma crise de liquidez e indícios de crimes contra o sistema financeiro. O empresário Edemar Cid Ferreira, conhecido por sua extensa coleção de obras de arte, foi preso em duas ocasiões, permanecendo três meses detido no presídio de segurança máxima de Tremembé.
Além desses casos, o FGC também lidou com a crise do Banco Cruzeiro do Sul e BVA em 2012, e com o Banco Rural em 2013.
O FGC Atual e seu Patrimônio
Atualmente, o FGC é um importante instrumento de segurança para os depositantes no sistema financeiro brasileiro. O fundo, que possui um patrimônio estimado em R$ 140 bilhões, é financiado pelos bancos associados, que contribuem mensalmente com um percentual dos depósitos garantidos.
A instituição continua a evoluir e se adaptar às novas demandas do mercado financeiro, buscando garantir a estabilidade e a segurança do sistema.
