A holding Fictor, em parceria com um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, apresentou uma proposta de compra ao Banco Master. O valor inicial da oferta é de R$ 3 bilhões, com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital do banco, que enfrenta dificuldades de liquidez.
Transação Condicionada
A transação está sujeita à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Fictor propõe a aquisição do Banco Master S.A.
Negociação de Subsidiárias
O processo de compra não inclui as subsidiárias Will Bank e o Banco Master de Investimentos, que estão sendo negociados por outros investidores.
Contexto da Crise do Banco Master
Os problemas do Banco Master iniciaram-se em março, com a aprovação do Banco de Brasília (BRB) para adquirir 58% do capital do banco, por aproximadamente R$ 2 bilhões.
O Banco Master era notório pelo elevado custo de captação em títulos de renda fixa, emitindo CDBs com remuneração até 120% do CDI. Além disso, o banco possuía investimentos de alto risco e baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas em dificuldades.
Acompanhamento de Órgãos de Controle
Diante da situação, órgãos de controle, como o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e o Ministério Público de Contas do DF (MPCDF), solicitaram esclarecimentos e acesso ao processo de aquisição.
Aprovação Inicial e Veto do Banco Central
Em junho, o Cade aprovou a compra do Master pelo BRB sem restrições, considerando que a operação não representava riscos à concorrência. No entanto, em setembro, o Banco Central vetou a operação, devido à falta de viabilidade econômica e ao risco de absorção de ativos com pouca transparência.
