Volatilidade no Mercado Financeiro Após Declarações de Flávio Bolsonaro
As declarações do senador Flávio Bolsonaro, proferidas em entrevista ao serviço Broadcast na segunda-feira (4), geraram reações significativas no mercado financeiro. O parlamentar mencionou um “preço para não ir com a candidatura até o fim”, em resposta a questionamentos sobre a possibilidade de desistir da disputa à presidência da República.
Anteriormente, já havia indicado que detalhes sobre essa questão seriam revelados em outro momento, especificamente no dia seguinte.
As falas provocaram volatilidade imediata nos ativos negociados na B3, com impacto notável no setor bancário, que representa uma parcela considerável do mercado. Bancos registraram uma perda de aproximadamente R$ 62 bilhões em valor de mercado.
Instituições como Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander foram as mais afetadas pela queda observada logo após a repercussão da entrevista.
Análise do Mercado e Expectativas
Analistas interpretam o movimento de recuo como reflexo da leitura do mercado sobre a instabilidade no cenário político. A especulação sobre acordos envolvendo anistia e uma possível troca de apoio político também esteve presente durante a entrevista.
Em resposta a uma pergunta sobre a anistia como preço para desistir da candidatura, Flávio Bolsonaro respondeu: “Está começando a ficar quente”, evitando uma confirmação direta.
Outros Desenvolvimentos e Perspectivas
Um ponto de destaque da entrevista foi a menção a Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo: “Tarcísio é o principal cara do nosso time hoje”. Essa declaração reforça a possibilidade de uma mudança de estratégia dentro do grupo político.
O senador também afirmou: “Espero que a gente paute esta semana a anistia”, indicando que as negociações caminham e que decisões relevantes podem ocorrer nos próximos dias.
Especialistas alertam que o mercado manterá atenção a novas declarações e definições envolvendo possíveis alianças e desistências, com potencial para impactar ativos sensíveis ao cenário político, como bancos e estatais.
