Em novembro, o mercado financeiro brasileiro apresentava um cenário positivo, com os desdobramentos políticos locais contribuindo para a valorização das ações. Essa conjuntura favorável, aliada ao interesse de investidores estrangeiros e ao bom momento para empresas emergentes, resultou em um aumento de 6,4% no Ibovespa.
No entanto, essa situação se alterou no início de dezembro, conforme apontado na carta mensal do Fundo Verde, gerenciado por Luis Stuhlberger.
Impacto da Candidatura de Flávio Bolsonaro
A carta do fundo destaca que a entrada do senador Flávio Bolsonaro na disputa presidencial, com sua defesa da primazia da família e sua posição no campo à direita do espectro político, gerou “correções importantes” nos ativos brasileiros. Stuhlberger ressaltou que essa mudança política pode trazer um “upside significativo” para a bolsa, embora essa visão não seja compartilhada pelo consenso, especialmente por investidores estrangeiros.
Estratégia do Fundo Verde
Apesar dos riscos, Luis Stuhlberger, no comando do Fundo Verde, manteve a estratégia de aumentar a exposição à bolsa local e permanecer comprado em ações e juros reais. O fundo também possui posições em moedas estrangeiras, incluindo o dólar, a moeda chinesa e o ouro.
A alocação em criptomoedas foi reduzida, e a carteira de crédito permaneceu estável.
Desempenho em Novembro e no Ano
Em novembro, o Fundo Verde alcançou um desempenho próximo ao do CDI, registrando 1,06% de retorno, enquanto o benchmark atingiu 1,05%. No acumulado do ano, o fundo supera a referência com folga, apresentando 14,78% de valorização, em comparação com 12,94% do CDI.
Fatores de Desempenho
As ações brasileiras, o ouro, a carteira de crédito e as posições em juros reais locais foram os principais impulsionadores do desempenho positivo do Fundo Verde em novembro. Já as criptomoedas, a bolsa global e o juro real norte-americano foram os fatores que limitaram o desempenho do fundo no mesmo período.