Gestor prevê corte da Selic a partir de 2026 com cenário positivo internacional

Bruno Serra, da Itaú Asset, projeta queda da Selic a partir de janeiro de 2026, prevendo cortes de 25 pb e mais de 75 pb. O Banco Central pode reduzir a Selic a 8% ou 8,5% com mudança fiscal

11/12/2025 19:53

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(Imagem de reprodução da internet).

Mesmo com uma postura mais firme do Comitê de Política Monetária (Copom) na decisão de quarta-feira (10), as projeções otimistas para a taxa Selic em 2026 permanecem. Bruno Serra, gestor da família de fundos Janeiro da Itaú Asset, acredita que as condições atuais indicam um início de redução da taxa básica a partir de janeiro de 2026.

A equipe do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais significativas, variando de 75 pb ou mais, a partir de março. Serra enfatiza que essa estratégia visa fortalecer a confiança e a duração do ciclo de flexibilização monetária.

Projeção da Selic em 2026

Serra estima que a Selic termine o ano de 2026 em torno de 11%, embora reconheça a possibilidade de um cenário ainda mais favorável. Caso ocorra uma mudança na política fiscal que contribua para ancorar as expectativas e diminuir a demanda agregada, o Banco Central poderia levar a taxa a 8% ou 8,5%, atingindo um patamar considerado neutro.

Cenário Internacional: Fed em “Compasso de Espera”

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) também apresentou resultados sem grandes surpresas. Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, declarou que a autoridade monetária está em um período de “compasso de espera”. Serra ressaltou a resiliência da economia americana, que resistiu a recentes impactos no consumo e na política de imigração, e avaliou que a inflação, em 3% na última leitura (acima da meta de 2% do Fed), abre espaço para maior apetite por risco e valorização de moedas emergentes.

Impactos Globais

O ambiente mais flexível, segundo Serra, favorece ativos de risco, especialmente os mais sensíveis ao ciclo de juros, e pode levar a um enfraquecimento adicional do dólar em nível global. Ele acredita que, se a tendência de dólar fraco persistir, o real poderá continuar a se valorizar.

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