Gestoras Verde, Ibiuna e Vinland focam em bitcoin, ouro e Tesouro IPCA+ com a queda do dólar
Gestores de multimercados renomados são negociados em dólar, sem sinais de reversão da tendência de baixa no curto e médio prazo.

Tendências no Mercado Financeiro: Desvalorização do Dólar e Novas Alocações
Um painel no evento Itaú BBA Macro Vision revelou um consenso entre gestores de fundos multimercado sobre a tendência de enfraquecimento do dólar, impulsionada por um cenário global mais fragmentado. Especialistas da Verde Asset, Ibiuna Investimentos e Vinland Capital apontaram que a dominância do dólar, embora ainda significativa, está em declínio no curto e médio prazo.
Principais Argumentos dos Gestores
Rodrigo Azevedo (Ibiuna Investimentos) e Luis Stuhlberger (Verde Asset) acreditam que moedas como o euro e o yuan têm potencial para competir com o dólar, embora a Europa ainda não consiga absorver a demanda global de capitais e o yuan esteja restrito ao ambiente de negócios da China. Stuhlberger prevê uma desvalorização de 10% a 15% do dólar no mercado global, buscando seu valor histórico de longo prazo.
Alocação em Ativos Alternativos
Além da expectativa de desvalorização do dólar, os gestores estão buscando proteção contra riscos e diversificando suas carteiras. O ouro, bitcoin, prata, cobre, urânio e ações de infraestrutura são considerados ativos de proteção contra a inflação e com aspectos regulatórios próprios. Azevedo destaca que as ações de infraestrutura são particularmente relevantes devido à sua importância para a sociedade.
Posições Estratégicas nos Fundos
Apesar do consenso sobre a desvalorização do dólar, a maioria dos gestores adota uma posição vendida em dólar. Rodrigo Azevedo (Vinland Capital) investe em títulos brasileiros indexados à inflação (NTN-B/Tesouro IPCA+), considerando o prêmio acima de 7% dos títulos de médio prazo atrativo diante das eleições de 2026. Luis Stuhlberger, por sua vez, está comprado em ouro e bitcoin, além de posições pontuais em ações brasileiras e no ETF EWZ.