Gestores Ajustam Expectativas no Mercado de Crédito Privado em Novembro

Mercado de Crédito Privado revisa expectativas com redução da exposição e foco em spreads. Gestores ajustam estratégias após análise de riscos corporativos.

12/11/2025 18:57

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Mercado de Crédito Privado Ajusta Expectativas Após Meses de Cautela

O mercado de crédito privado iniciou novembro com uma mudança significativa de perspectiva, refletindo uma correção nas expectativas e nos preços após um período de cautela. Em outubro, o cenário se concentrava na análise do risco e do retorno das debêntures incentivadas, mas em novembro, observa-se uma redução da exposição, acompanhada de interesse nas taxas oferecidas no médio e longo prazo.

Essa dinâmica é impulsionada por um aumento nos spreads – a diferença entre a taxa de juros de um título privado e a taxa de títulos públicos, que reflete o risco de crédito da empresa emissora.

Abertura de Spreads e Redução da Exposição

A abertura notável nos spreads entre outubro e novembro, com um aumento de 20 pontos-base (bps) no índice Idex-CDI Geral, que mede o desempenho de fundos de crédito indexados aos juros, representou um ponto de inflexão para os gestores. Esse aumento impactou diretamente o preço dos títulos de dívida, levando a uma desvalorização momentânea no valor das cotas dos fundos.

Essa redução da exposição é vista como uma estratégia para suavizar a reprecificação dos papéis e mitigar o potencial de retornos negativos no curto prazo.

Gestores Ajustam Estratégias de Alocação

Com a expectativa de retornos maiores no futuro, os gestores de crédito começam a redesenhar suas estratégias de alocação, buscando debêntures com spreads mais condizentes com o risco dos papéis. Há um aumento nas intenções de “carregamento” (manter o título na carteira por mais tempo para capturar rendimentos diários), após meses em que a duração da carteira foi mantida abaixo da média histórica para controlar o risco de flutuações nas taxas de juros.

Riscos Monitorados pelos Gestores

Em uma pergunta temática, a Empiricus questionou os gestores sobre os três riscos mais relevantes para os fundos de crédito nos próximos seis a doze meses. As principais preocupações identificadas foram o aumento do volume de resgates, especialmente em fundos indexados ao CDI, e o risco de crédito corporativo, particularmente relacionado a recuperações judiciais entre empresas com acesso ao mercado de capital.

A gestão busca minimizar esses riscos, mantendo a duração da carteira em linha ou abaixo da média histórica.

Autor(a):

Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real