Gol e Azul desistem de fusão que uniria as maiores companhias do Brasil

Gol e Azul protagonizam negociações de longa data em projeto da maior companhia aérea do Brasil.

26/09/2025 6:52

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Gol e Azul desistem de fusão que uniria as maiores companhias do Brasil
(Imagem de reprodução da internet).

Fim das Negociações de Fusão entre Gol e Azul

O mercado aéreo aguardava ansiosamente o desfecho das tratativas para a fusão entre a Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4), que iniciaram-se no início do ano. No entanto, a noite de quinta-feira (25) trouxe um resultado inesperado: o fim das negociações para a combinação de negócios entre as duas companhias .

Segundo a Abra, controladora indireta da Gol, a falta de progresso nas discussões se deveu principalmente ao foco da Azul em seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11. A Azul também havia sinalizado que as conversas poderiam ocorrer em paralelo a esse processo.

Em comunicado à bolsa de valores, a Gol afirmou que a execução do Memorando de Entendimentos (MOU) e o pré-arquivamento junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ocorreram em um cenário diferente, que não se repete atualmente. A situação das empresas em cada fase do acordo também contribuiu para o fracasso da união.

Histórico das Conversas de Fusão

As negociações entre Gol e Azul, que teriam criado a maior companhia aérea do Brasil, se estenderam por anos. Apesar de terem formalizado a união em janeiro deste ano e desistido oficialmente em setembro, a possibilidade de fusão era um tema recorrente nos setores de M&A nos últimos anos.

Notícias de início de 2024 revelam que até mesmo o nome da futura empresa combinada gerava impasse em algumas fases das negociações. O histórico de cada empresa, como a recuperação judicial da Gol em janeiro de 2025, também impactou o andamento das tratativas.

Acordo de Codeshare Também é Desfeito

Junto com o fim da fusão, Gol e Azul anunciaram o encerramento do acordo de codeshare, que permitia a comercialização de bilhetes de uma empresa em voos operados por outra. O acordo, firmado em maio do ano passado, unia as malhas aéreas do Brasil , com as companhias compartilhando voos para mais de 150 destinos.

Ambas as empresas asseguraram que os bilhetes já vendidos sob o acordo vigente serão honrados. A decisão reflete a complexidade e os desafios enfrentados pelas companhias aéreas no cenário atual do mercado.

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