Governo Federal Define Medidas para Recuperação Financeira dos Correios

Governo Federal define plano para Correios e estatais. Decreto permite reequilíbrio financeiro de empresas estatais. Correios buscam empréstimo de R$ 6 bilhões.

10/12/2025 16:56

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(Imagem de reprodução da internet).

Correios e Estatais: Governo Federal Adota Medida para Reequilíbrio Financeiro

Em resposta à crise enfrentada pelos Correios, o governo federal implementou um decreto que concede a permissão para que empresas estatais não dependentes apresentem planos de reequilíbrio econômico-financeiro. Essa iniciativa visa proporcionar flexibilidade financeira, permitindo aportes pontuais do Tesouro, evitando a configuração de um apoio financeiro contínuo e permanente.

O Ministério da Gestão detalha que os planos das empresas, incluindo os do Correios, serão submetidos a uma série de avaliações rigorosas.

Processo de Avaliação e Acompanhamento

O processo de avaliação dos planos das estatais envolve diversas etapas. Inicialmente, os planos serão analisados pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Fiscal. Em seguida, serão avaliados pelo ministério supervisor e, por fim, pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa (CGPAR).

O acompanhamento dessas avaliações será realizado semestralmente, assegurando o cumprimento de metas e cronogramas estabelecidos.

Situação Atual dos Correios e Necessidades Financeiras

Os Correios enfrentam um déficit acumulado de R$ 6,05 bilhões até setembro. A empresa está em negociações para obter um empréstimo bilionário com instituições financeiras. O valor seria destinado a cobrir perdas até o ano de 2026, financiar um Programa de Demissão Voluntária (PDV), investir em modernização e regularizar dívidas com fornecedores.

No entanto, o Tesouro rejeitou a proposta inicial de empréstimo, devido à alta taxa de juros (136% do CDI).

Aporte Futuro e Requisitos Financeiros

O governo federal avalia a possibilidade de um aporte para os Correios em 2025, com um valor estimado inferior a R$ 6 bilhões. Para que a empresa retorne ao lucro em 2027, serão necessários ajustes financeiros anuais de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões.

Essas medidas incluem cortes de gastos e o aumento de receitas, dentro de um plano de reestruturação que ainda requer a aprovação do Tesouro.

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