Haddad prevê reunião com Bessent e critica “tiro no pé” para os EUA

Haddad expressa interesse em reunião com secretário do Tesouro norte-americano para tratar tarifas.

29/09/2025 14:03

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Haddad prevê reunião com Bessent e critica “tiro no pé” para os EUA
(Imagem de reprodução da internet).

Tarifas Americanas: Avaliação do Ministro Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , expressou sua forte discordância em relação às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, classificando-as como “um tiro no pé” para a economia americana e brasileira. A declaração foi feita durante o evento Itaú BBA Macro Day, em 29 de setembro.

Haddad destacou que o Brasil enfrenta um déficit de R$ 41 bilhões com os EUA em 15 anos de relações comerciais, e que as tarifas também prejudicam a população norte-americana, elevando o preço de produtos como café e carne.

Reuniões e Possibilidades de Negociação

O ministro relatou uma conversa com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, momentos antes do anúncio das tarifas extras de 40%, onde ambos concordaram com a falta de sentido da taxação da América do Sul. Essa reunião , no entanto, foi interrompida após o encontro entre Trump e Lula.

Após o evento, Haddad manifestou a intenção de se reunir com Bessent antes da reunião do G20 em Washington, buscando discutir as tarifas. Ele expressou otimismo quanto a uma solução, considerando que a animosidade artificial criada não prevalecerá.

Estratégia do Governo Brasileiro

O ministro enfatizou que o governo brasileiro está preparando um debate racional, separando questões políticas de questões econômicas. Isso inclui explicar o funcionamento do país e a separação dos três poderes.

Haddad também ressaltou o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin, que está conduzindo negociações com dignidade e diplomacia, buscando uma solução que não implique em abaixar a cabeça.

Posicionamento do Governo Lula

O ministro da Fazenda também afirmou que o presidente Lula não tem feito discursos que aumentem as animosidades. Até o momento, o governo não utilizou a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso.

Haddad expressou otimismo quanto às negociações, acreditando que o Brasil e os EUA chegarão a uma solução, considerando que a animosidade artificial criada não prevalecerá.

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