Hapvida deve ajustar balanço de R$ 866 milhões após decisão da ANS
Hapvida precisa revisar balanço com ajuste de R$ 866 milhões. ANS determina revisão no balanço regulatório da operadora, devido à contabilização do Programa Desenrola
Hapvida Necessita Revisar Balanço com Ajuste de R$ 866 Milhões
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ordenou que a Hapvida (HAPV3) revise seu balanço regulatório, com um ajuste de aproximadamente R$ 866 milhões referente ao Programa Desenrola, iniciativa do Ministério da Fazenda para a regularização de dívidas de empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS).
A decisão foi tomada em julgamento de ontem, 5, e rejeitou um recurso apresentado pela operadora. A Hapvida havia incluído no seu balanço o crédito fiscal relacionado ao Desenrola, mas a ANS considerou a contabilização inadequada.
Em comunicado, a Hapvida informou que cumprirá a determinação da ANS e que já havia comunicado a agência sobre a questão anteriormente. A empresa ressaltou que as informações em questão se referem exclusivamente às demonstrações enviadas à ANS, que possuem finalidade regulatória distinta daquela apresentada ao mercado de capitais.
A companhia esclareceu que não há previsão de republicação de balanços com base nas demonstrações IFRS divulgadas ao mercado, mesmo com a aprovação do auditor independente.
Aumento da Sinistralidade Preocupa o Mercado
Após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o mercado reagiu negativamente ao aumento da sinistralidade, que representa o percentual de utilização dos serviços por parte dos beneficiários em relação à receita total da operadora.
No período, a sinistralidade atingiu 75,2%, um avanço de 1,4 ponto percentual em comparação com o ano anterior. A Hapvida atribuiu o aumento à maior incidência de resfriados, devido ao clima mais frio no período.
Especialistas Alertam para Fatores de Longo Prazo
Analistas do Itaú BBA apontam que o desempenho fraco da Hapvida está ligado a fatores que não são apenas temporários e podem elevar o custo por beneficiário por um período prolongado.
A consequência pode ser o aumento dos preços dos planos de saúde, buscando a empresa atingir suas metas de rentabilidade.
Autor(a):
Redação
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