Ibovespa atinge 147 mil pontos com otimismo em Nova York
IPCA do Brasil e CPI dos EUA trazem confiança e indicam possível queda na taxa de juros.
## Inflação nos EUA Desinflaciona Mercados e Impulsiona Bolsas
Os esfriamentos de preços nos Estados Unidos em setembro e outubro estão gerando um cenário positivo para os mercados financeiros. O índice de preços ao consumidor (CPI), que foi adiado devido à paralisação do governo norte-americano, subiu 0,3% em setembro, elevando a taxa de inflação anual para 3%, abaixo das projeções.
Essa leitura, combinada com a queda nos custos primários de moradia, impulsionou as bolsas de Nova York, levando o Ibovespa de volta ao patamar do final de setembro e derrubando o dólar.
As bolsas reagiram imediatamente aos dados, com o Dow Jones registrando uma alta de 500 pontos. Investidores apostaram na possibilidade de cortes nos juros do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. A probabilidade de um corte em dezembro saltou para 98,5%, com a chance de um corte na próxima semana mantida em torno de 98%-99%.
Por aqui, o CPI e o índice nacional de preços ao consumidor amplo 15 (IPCA-15) também contribuíram para o bom desempenho do Ibovespa, que atingiu um novo recorde de 147.239,79 pontos. A expectativa é de que a desinflação da economia brasileira continue, com menores pressões nos combustíveis e energia, e a política monetária restritiva contribuindo para a queda da inflação de serviços e núcleos.
A desaceleração do IPCA-15 em outubro, com uma alta de 0,18%, é a mais branda para outubro desde 2022. A expectativa é que o IPCA termine o ano em 4,5%, impulsionado pela apreciação cambial e pela redução dos preços dos bens industriais. As bolsas continuam a comprar a perspectiva de cortes nos juros do Fed, com o CIBC projetando dois cortes adicionais até o fim do ano.
Autor(a):
Redação
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