Mercado Acionário Brasileiro e Cenário Externo Apresentam Queda
O principal índice acionário brasileiro, o Ibovespa, encerrou a sessão desta terça-feira (16) com uma queda de 2,42%, atingindo os 158.557,57 pontos. O movimento reflete a influência de fatores macroeconômicos e expectativas do mercado.
O comercial do dólar, por sua vez, registrou uma alta de 0,73%, fechando a R$ 5,462. Essa dinâmica acompanha a pressão nos juros futuros e a aversão ao risco no mercado interno.
Ata do Copom e Expectativas do Mercado
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) foi o principal fator de influência na queda do Ibovespa. O mercado esperava um sinal de flexibilização monetária, mas a ata manteve a postura cautelosa já expressa pelo Banco Central.
“Sem sombra de dúvida, o principal gatilho para a queda do Ibovespa foi a ata do Copom. O mercado entrou no documento esperando um tom mais dovish, com algum sinal, ainda que sutil, de flexibilização monetária à frente. O que veio, no entanto, foi uma ata alinhada ao discurso já adotado por Galípolo no comunicado, reforçando a postura cautelosa e afastando qualquer indicativo concreto de corte de juros no curto prazo,” afirma Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain.
Payroll nos EUA e o Cenário Externo
Nos Estados Unidos, o relatório de payroll também contribuiu para a correção do mercado. O dado veio praticamente em linha com as projeções, com um leve aumento em relação ao anterior, mas sem alterar significativamente as expectativas para a política monetária.
“A expectativa de corte de juros em janeiro segue intacta, com redução de 0,25 ponto percentual, e a precificação da CME continua indicando cerca de 75% de probabilidade de corte na reunião do dia 28. Ou seja, o payroll passou sem força suficiente para mexer no cenário,” explica Santana.
Dólar e Aversão ao Risco
O movimento do dólar comercial, acompanhando a pressão nos juros futuros, reflete a aversão ao risco no mercado doméstico. A combinação da ata do Copom com o cenário externo mais cauteloso pressionou tanto os juros futuros quanto o dólar.
