Ibovespa: Raízen, Hapvida e Natura lideram queda com desafios e riscos

Ibovespa: Raízen, Hapvida e Natura lideram queda; endividamento e juros impactam resultados das empresas.

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(Imagem de reprodução da internet).

Desempenho da Ibovespa e Queda de Ações

No final do ano, uma confraternização na Ibovespa seria um evento raro, especialmente se envolvesse a Raízen (RAIZ4), Hapvida (HAPV3) e Natura (NATU3). Essas três empresas formariam um pódio desfavorável, marcando a maior queda de valor no Ibovespa ao longo do ano.

A situação refletiria um cenário de dificuldades para as empresas, com a Raízen enfrentando um alto endividamento, margens de lucro em declínio e juros elevados.

Raízen (RAIZ4): Dívida e Desafios Operacionais

A Raízen, com um modelo de negócio que exige grande capital, viu seu endividamento aumentar significativamente nos últimos trimestres, enquanto o setor de combustíveis enfrentava menores margens de lucro e juros altos. A dívida líquida da empresa atingiu R$ 53,4 bilhões no último trimestre, com uma alavancagem de 5,1 vezes sobre o Ebitda ajustado.

Isso significaria que, sem juros, investimentos ou dividendos, levaria mais de cinco anos para a empresa zerar o endividamento.

Hapvida (HAPV3): Aumento da Sinistralidade e Impacto nos Resultados

A Hapvida, por sua vez, enfrentou uma crise ainda mais dramática. O aumento da sinistralidade – o percentual de uso dos serviços de saúde versus a receita – impactou negativamente o Ebitda. A empresa já havia sofrido quedas significativas em 2023, e os sintomas que causaram a crise em 2023 eram semelhantes aos que a afetaram em 2024.

A alta sinistralidade e o consumo de caixa agravaram a situação da empresa.

Natura (NATU3): Desafios Estruturais e Impacto do Cenário Macroeconômico

A Natura também enfrentava resquícios de uma crise de expansão global que começou na década de 2010. Apesar de algumas notícias positivas, como a venda da Avon Internacional, a empresa continuava com desafios operacionais e um alto nível de endividamento.

O cenário macroeconômico no Brasil, com juros básicos elevados, também pesou contra as ações da Natura.

Conclusão: Cenário de Risco e Incerteza

A combinação de fatores – endividamento, juros, cenário macroeconômico e desafios operacionais – criou um ambiente de risco e incerteza para as três empresas. A queda de suas ações refletia a desconfiança dos investidores em relação à capacidade das empresas de se recuperarem rapidamente.

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