Retorno Positivo em Ciclos de Corte de Juros no Brasil
Uma análise da Empiricus utiliza a metáfora do “eterno retorno” de Nietzsche para avaliar os ciclos de cortes de juros no Brasil. O estudo demonstra um padrão histórico favorável para investidores em ações, com retornos positivos em 100% dos casos desde 2003.
Ciclos de Corte de Juros
O levantamento examinou os sete ciclos de corte de juros dos últimos 25 anos, utilizando o índice IBX (que representa as 100 ações mais negociadas da B3) como termômetro. Os resultados revelam que, embora o retorno médio em três meses possa variar, a consistência é notável quando o horizonte é expandido para seis e doze meses, com 100% de retornos positivos.
Apesar de reconhecer a influência de fatores externos, como a alta dos rendimentos dos Treasurys norte-americanos em 2023, que impactou negativamente o mercado brasileiro, o padrão geral permanece forte.
Gatilhos para a Alta
O relatório identifica dois gatilhos adicionais que podem intensificar o movimento positivo para a Bolsa brasileira: o início do corte de juros nos Estados Unidos e a proximidade das eleições presidenciais de 2026.
Quando o banco central norte-americano reduz os juros, o dólar tende a se enfraquecer globalmente, o que beneficia o Brasil ao aliviar a pressão sobre o real e permite que o Banco Central continue cortando a Selic. Além disso, um juro mais baixo nos EUA aumenta a atratividade dos investimentos em mercados emergentes.
A proximidade das eleições presidenciais de 2026 também é um gatilho importante, pois períodos de mudanças políticas em direção a agendas consideradas pró-mercado e de maior responsabilidade fiscal historicamente impulsionaram o desempenho da Bolsa.
Conclusão
Os dados confirmam que, uma vez que o movimento de queda de juros se consolida, seu efeito positivo sobre as ações tende a superar os “ruídos” de curto prazo, gerando valorizações robustas na maioria das vezes. O cenário atual, com os dois gatilhos adicionais, oferece um cenário promissor para investidores que buscam oportunidades na Bolsa brasileira.