Incerteza na LDO eleva custo da dívida e adia investimentos
Empresários e economistas alertam: falta de definição orçamentária aumenta a cautela do mercado.
O adiamento da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 gerou preocupação no mercado financeiro. A decisão de adiar a análise para novembro intensifica a incerteza e já começa a afetar o custo da dívida pública e as decisões de investimento.
Em um contexto de juros elevados de 15% ao ano, projeção de inflação em 4,7% e crescimento econômico estimado em 2,1% para 2025, a falta de metas e diretrizes fiscais contribui para um cenário de imprevisibilidade.
Analistas apontam que setores como infraestrutura, construção civil e energia são particularmente vulneráveis, dependendo de recursos e contratos públicos. Municípios que dependem de transferências federais também enfrentam dificuldades para ajustar seus orçamentos.
O atraso na LDO também impacta a execução de programas sociais e projetos de infraestrutura, podendo levar a atrasos em empenhos, pagamentos e licitações, comprometendo a eficiência da máquina pública.
Segundo especialistas, a previsibilidade das contas públicas é fundamental para que empresas possam planejar, projetar fluxos de caixa e adotar estratégias de longo prazo. A ausência de um plano fiscal claro eleva o risco-país e o custo de financiamento.
Mesmo com um ambiente macroeconômico desafiador, o mercado tem demonstrado valorizar empresas com boa governança e liquidez. A comunicação fiscal clara e a consistência de metas são determinantes para manter a confiança, garantindo um ambiente propício ao crescimento sustentável.
Autor(a):
Redação
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