Infracommerce (IFCM3) muda para grupamento de ações: o que o investidor precisa saber

Acionistas aprovam grupamento de ações da Infracommerce na proporção de 20 para 1 em Assembleia Geral Extraordinária.

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(Imagem de reprodução da internet).

Infracommerce Aprova Grupamento de Ações na B3

Os acionistas da Infracommerce (IFCM3) estão ansiosos para ver o valor das ações da empresa se elevar, deixando para trás a negociação em centavos na bolsa brasileira. A decisão foi aprovada em uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na última terça-feira (7).

A proporção de 20 para 1 foi escolhida após uma proposta alternativa apresentada por um acionista, que substituiu a razão inicial sugerida pela administração da empresa.

É importante lembrar que a Infracommerce já realizou uma operação semelhante em junho, também na proporção de 20 para 1.

Impacto do Grupamento para o Investidor

Com a aprovação dos acionistas, grupos de 20 ações IFCM3 serão unificados, formando uma única nova ação. Consequentemente, o preço do papel também será multiplicado pelo mesmo fator.

O capital social da empresa permanecerá em R$ 848,7 milhões, mas o número total de ações aumentará para cerca de 112 milhões de ações ordinárias. Os acionistas terão um período de ajuste entre 8 de outubro e 6 de novembro de 2025 para evitar frações de ações.

A partir de 7 de novembro, as ações passarão a ser negociadas já agrupadas. As frações restantes serão reunidas e vendidas em leilão na B3, com o valor repassado proporcionalmente aos acionistas.

Motivação da Infracommerce para o Grupamento

O objetivo da operação é elevar as cotações da Infracommerce, saindo da classificação de “penny stock” – ações que negociam abaixo de R$ 1 – e evitando a alta volatilidade na B3. A bolsa brasileira estabelece regras para restringir a negociação de penny stocks, que não podem passar mais que 30 pregões cotadas abaixo de R$ 1.

As ações da Infracommerce acumulam uma queda de mais de 99% desde o IPO (Initial Public Offering) em 2021, em meio à execução do “plano de transformação” da companhia, que abriu capital, mas foi impactada pela elevação rápida da taxa Selic.

A empresa destaca que o objetivo principal é organizar a operação e aumentar a consistência operacional em toda a região. Simplificaram o portfólio, priorizaram contratos e canais geradores de valor, removeram obstáculos em processos críticos e fortaleceram a disciplina de custos.

Situação Financeira Atual da Infracommerce

Em termos financeiros, a Infracommerce (IFCM3) apresentou um prejuízo de R$ 61,4 milhões no segundo trimestre. Apesar de ainda no vermelho, essa cifra representa uma melhora de 96% em relação às perdas do mesmo período do ano anterior.

O CEO da Infracommerce, Mariano Oriozabala, afirmou que os resultados confirmaram a efetividade do plano de transformação da companhia. Ele ressaltou que em nove meses de gestão, a empresa atingiu três quartos dos objetivos estabelecidos: estabilizar o negócio no Brasil, retomar o crescimento e resgatar a eficiência operacional.

A receita líquida atingiu R$ 181,9 milhões no 2T25, uma queda de 26,7% em relação ao 2T24. O EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 15,4 milhões entre abril e junho, representando o terceiro resultado operacional positivo seguido.

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