INPC Acelera em Novembro: Goiânia e Belém Apresentam Variações Surpreendentes

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um aumento de 0,18% em novembro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (10). Esse resultado superou a variação de 0,09% registrada em outubro, mas ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um avanço de 0,20%.

A taxa de inflação em novembro representou o menor aumento mensal desde 2018, quando houve deflação.

Impacto em Diferentes Setores

A inflação acumulada no ano alcançou 3,92%, e em doze meses, 4,46%. Ambas as métricas ficaram abaixo das projeções da Reuters, que estimavam 4,49%. Setores específicos influenciaram o resultado, com destaque para passagens aéreas, energia e hospedagem, que contribuíram com 0,07 ponto percentual para o aumento mensal.

Alimentação e Despesas Pessoais

O grupo Alimentação e bebidas apresentou uma retração de 0,01% em novembro, marcando o sexto mês consecutivo de queda. A alimentação no domicílio recuou, impulsionada pela queda em produtos essenciais. A alimentação fora do domicílio registrou um avanço de 0,46%, em ritmo mais moderado que o mês anterior.

Serviços e Monitorados

O grupo de serviços acelerou, passando de 0,41% para 0,60%, devido às altas em passagens aéreas e hospedagem. A variação de 0,21% nos preços monitorados reverteu a queda de outubro, acompanhando os reajustes na energia elétrica.

Variações Regionais

Goiânia registrou a maior alta regional (0,44%), influenciada pelos aumentos na energia elétrica residencial e nas carnes. Aracaju apresentou a menor variação (-0,10%), devido às quedas no conserto de automóvel e na gasolina. O Índice de Difusão, que mede o percentual de itens com variação positiva, ficou em 56%, ligeiramente acima do observado em outubro.

INPC Apresenta Resultados

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – INPC, que mede a inflação para famílias de menor renda, subiu 0,03% em novembro, acumulando 3,68% no ano e 4,18% em doze meses. Os alimentos no INPC tiveram variação de -0,06%, enquanto os itens não alimentícios avançaram 0,06%. Goiânia voltou a apresentar a maior alta regional (0,51%), enquanto Belém teve a maior queda (-0,26%).