Intestino e cérebro se conectam: o que isso muda na alimentação do futuro

Estudos revelam a conexão entre intestino e cérebro, com sinais químicos e neurais impactando humor, comportamento e hábitos alimentares.

10/10/2025 9:31

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Intestino e cérebro se conectam: o que isso muda na alimentação do futuro
(Imagem de reprodução da internet).

Eixo IntestinoCérebro: A Conexão entre o Segundo Cérebro e a Saúde Mental

O intestino abriga mais de meio bilhão de neurônios, sendo frequentemente chamado de “segundo cérebro” do corpo. Essa relação íntima entre os dois órgãos é objeto de intensa pesquisa na medicina, conhecida como o eixo intestino-cérebro. Essa conexão representa uma via de comunicação bidirecional, onde o intestino e o cérebro influenciam mutuamente as funções e o comportamento do organismo.

Conectoma Cerebral e Conectoma Intestinal

O conectoma cerebral se refere ao mapa das conexões neurais do cérebro, enquanto o conectoma intestinal mapeia as conexões nervosas do trato gastrointestinal. A interação entre esses dois conectomas é crucial para entender a influência do intestino no cérebro e vice-versa.

Microbioma Intestinal e Seu Papel

O microbioma intestinal é composto por uma vasta comunidade de micro-organismos, incluindo bactérias, vírus e fungos. Essa comunidade desempenha um papel fundamental no sistema imunológico e também influencia aspectos físicos e comportamentais. O microbioma é considerado um órgão próprio, e seu equilíbrio é essencial para a saúde.

Disbiose e Diagnóstico Precoce

Alterações no microbioma, conhecidas como disbiose, podem representar riscos à saúde. A investigação do microbioma intestinal tem levado ao desenvolvimento de exames que identificam desequilíbrios na microbiota, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças. Esses testes, com custo a partir de R$ 1.129, permitem a análise das bactérias presentes no intestino.

A Importância do Eixo Intestino-Cérebro na Alimentação

Pesquisadores da Harvard Medical School apontam que cerca de 90% da serotonina do corpo é produzida no intestino. Essa produção influencia a relação entre o microbioma e quadros de depressão e ansiedade. A alimentação desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde mental, fornecendo nutrientes essenciais que regulam a química cerebral.

Uma dieta rica em alimentos naturais – vitaminas, minerais, gorduras saudáveis e fibras – contribui para o equilíbrio do microbioma intestinal, prevenindo doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer. O futuro da alimentação se inclina para a personalização, com dietas baseadas em testes de microbioma, visando a saúde física e mental.

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