Isabel Diegues analisa em “Teoria da Bolsa de Ficção” o poder das histórias e a narrativa
“A Teoria da Bolsa de Ficção”: ensaio de Le Guin, traduzido por Isabel Diegues, explora o poder das narrativas e a repensar o gesto de contar histórias.
A Teoria da Bolsa de Ficção: Um Ensaio Inusitado
A tradução de Ursula K. Le Guin, assinada pela cineasta e editora Isabel Diegues, da Cobogó, apresenta um ensaio singular. Ao mergulhar nas ambiguidades e na proposta de repensar o gesto de narrar, o texto nos convida a uma reflexão profunda sobre o poder das histórias.
A Origem da Narrativa: Uma Teoria Inusitada
Le Guin parte da teoria da antropóloga Elizabeth Fisher, que sugere que a primeira invenção humana foi um recipiente – uma “bolsa” – para armazenar aquilo que se recolhe. A partir dessa ideia, a autora expande o raciocínio, propondo que as histórias funcionam como recipientes de ideias.
Essa teoria, apresentada na obra “A Teoria da Bolsa de Ficção”, já no título, brinca com a ambiguidade, como o próprio nome sugere.
Deslocando o Foco: Narrativas e Possibilidades
A autora desloca o eixo da questão, examinando as narrativas que contamos e aquelas que poderíamos contar. É nesse movimento que a teoria assume um caráter propositivo: uma espécie de manifesto sobre os modos de narrar e de construir o mundo ao nosso redor.
A obra nos convida a questionar o que molda nosso imaginário e como as histórias influenciam nossas vidas.
O Poder da Performance e da Tradução
O trabalho de Isabel Diegues, antes de ser editora, como cineasta, revela a importância da performance e da tradução no processo de compreensão do texto. A tradução, nesse contexto, se torna uma performance, um ato de encantamento com a riqueza das ideias de Le Guin.
A autora critica o que ela chama de “narrativa tecno-heroica”, um paradigma que molda nossa visão do mundo, e nos convida a buscar novas formas de viver e narrar.
Conclusão: Um Manifesto para o Futuro
“A Teoria da Bolsa de Ficção” é um ensaio provocador e instigante, que nos faz refletir sobre o poder das histórias e sobre o futuro da narrativa. A obra nos convida a questionar que mundo queremos narrar, que mundo queremos construir e em que mundo queremos viver.
Um livro essencial para quem busca compreender o poder das histórias e o impacto que elas têm sobre nossas vidas.
Autor(a):
Redação
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