Israel e Hamas assinam acordo histórico de cessar-fogo com foco em reféns e prisioneiros

Israel e Hamas assinam acordo histórico de cessar-fogo, priorizando a libertação de reféns e prisioneiros palestinos, sob forte tensão política e desafios na re…

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Acordo Histórico IsraelHamas: Um Plano de Trump para o Fim da Guerra em Gaza

Um acordo histórico entre Israel e Hamas, prestes a ser assinado no Egito, representa um marco significativo em esforços para encerrar a guerra de dois anos em Gaza. O plano, proposto pelo ex-presidente Donald Trump, visa a liberação de todos os reféns israelenses restantes na Faixa de Gaza, buscando um fim ao conflito que já resultou na perda de mais de 67 mil vidas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O conflito tem devastado a região do Oriente Médio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de seu gabinete para aprovar o acordo, embora membros do partido de Bezalel Smotrich já tenham anunciado sua oposição. O acordo, anunciado pelo presidente Trump na noite de quarta-feira, 8, marca um avanço em seus esforços para encerrar o conflito. A liberação de 48 reféns israelenses e de dois mil prisioneiros palestinos em até 72 horas é a primeira etapa do plano.

Após a aprovação formal, a retirada das Forças de Defesa de Israel (IDF) de Gaza começará nas próximas 24 horas. O aumento da ajuda humanitária, incluindo alimentos, medicamentos e água, também é uma prioridade, visando aliviar a crise em Gaza. As negociações sobre a governança futura do enclave palestino, o desarmamento do Hamas e o papel de outros grupos na região continuam sendo questões cruciais a serem abordadas.

Etapas do Acordo Proposto por Trump

O plano de cessar-fogo, apresentado por Trump durante uma reunião na Casa Branca com Netanyahu em setembro, inclui uma série de medidas. O Hamas seria substituído por um “comitê palestino tecnocrático e apolítico”, supervisionado por um “Conselho de Paz”, com Trump atuando como presidente e Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, desempenhando um papel de liderança. Gaza se tornaria uma “zona desradicalizada, livre de terrorismo, que não representa ameaça para seus vizinhos”, e seria reformada para o benefício do povo de Gaza.

O Conselho de Paz criaria um plano para a reconstrução de Gaza, incluindo o financiamento da reconstrução por um período determinado, enquanto a Autoridade Palestina passaria por um programa de “reforma” para garantir que pudesse retomar o controle seguro e eficaz de Gaza. A Autoridade Palestina, que administra partes da Cisjordânia ocupada por Israel, tem sido acusada de corrupção e falta de eficiência por opositores internos e organizações internacionais.

Governança e Implementação do Acordo

O Conselho de Paz seria responsável por estabelecer uma governança moderna e eficiente, que atendesse às necessidades da população de Gaza e atraísse investimentos. A criação de uma zona econômica especial, com tarifas preferenciais e condições de acesso negociadas com países participantes, também é prevista. A proposta de que ninguém seja forçado a deixar Gaza, com a liberdade de retornar para aqueles que desejarem, é um ponto central do plano.

A colaboração com parceiros regionais do Oriente Médio é fundamental para garantir o cumprimento das obrigações do Hamas. Os Estados Unidos trabalharão com parceiros árabes e internacionais para criar uma “Força Internacional de Estabilização”, que seria enviada para Gaza imediatamente. Essa força teria a missão de treinar e apoiar as forças policiais palestinas em Gaza, trabalhando junto com Israel e Egito para garantir a segurança nas áreas fronteiriças. A Força de Estabilização também ajudaria a implementar um sistema de segurança em Gaza, com a supervisão das forças policiais treinadas, visando reduzir o risco de atividades terroristas no território.

Reações Internacionais ao Acordo

Líderes de diversos países expressaram apoio ao acordo. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chamou o acordo de “um momento de alívio profundo”, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, o considerou “grande esperança para os reféns e suas famílias, para os palestinos em Gaza e para toda a região”. O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, elogiou Trump e destacou que seu país monitoraria a implementação do tratado. O presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, falou sobre o acordo como um “momento histórico”. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, expressou esperança de que o acordo leve a uma solução política duradoura. A ONU, por meio do secretário-geral António Guterres, declarou total apoio, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ressaltou a importância do cumprimento integral do acordo.

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