Itaú oferece indenização de até 10 salários a 1.000 demitidos

Sindicato analisa proposta com até 10 salários, bônus e cesta-alimentação em assembleia decisiva. Saiba mais no Poder360.

07/10/2025 11:38

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Itaú oferece indenização de até 10 salários a 1.000 demitidos
(Imagem de reprodução da internet).

Ítáu Oferece Indenizações a Funcionários Demitidos por Baixa Produtividade

O Ítáu Unibanco apresentou uma proposta de indenização a mais de 1.000 funcionários desligados devido à baixa produtividade durante o trabalho remoto. A oferta foi feita na segunda-feira, 6 de outubro de 2025, durante uma negociação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. Os ex-funcionários decidirão sobre a aceitação da proposta em assembleia, marcada para 9 de outubro de 2025.

Detalhes da Indenização

De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o pacote de indenização para funcionários com até 23 meses de banco inclui quatro pisos salariais, uma parcela fixa de R$ 9.000, o pagamento da 13ª cesta-alimentação e um adicional variável baseado no tempo de serviço. Funcionários com mais de 24 meses de banco receberão seis pisos salariais, meio salário por ano trabalhado com um teto de 10 salários, a mesma parcela fixa e o pagamento da 13ª cesta-alimentação.

Monitoramento e Contexto

Ambos os grupos também terão uma manutenção da taxa diferenciada de financiamento imobiliário. As demissões ocorreram após o banco identificar inconsistências entre as horas registradas e a atividade digital efetivamente realizada por funcionários em regime híbrido ou totalmente remoto. O banco monitorou durante quatro meses o desempenho dos colaboradores utilizando softwares como o xOne, que registra dados sobre tempo de uso do computador. Em comunicado interno, o banco mencionou que “alguns desses casos, os mais críticos, chegaram a patamares de 20% de atividade digital no dia e ainda assim registraram horas extras naquele mesmo dia, sem que houvesse causa que justificasse”.

Acordo e Reações

O TRT da 2ª Região mediou as negociações em São Paulo, e o banco afirmou que “conduziu as partes a um ambiente de conciliação e entendimento mútuo, contribuindo significativamente para a prevenção da judicialização coletiva e individual”. Os termos finais do acordo não foram divulgados publicamente, sob o pedido da entidade sindical. Não há informações sobre o pagamento das indenizações caso a proposta seja aceita. Se aprovada na assembleia de 9 de outubro, os ex-funcionários terão 6 meses para aderir individualmente ao acordo. O sindicato havia solicitado a reintegração dos funcionários demitidos, mas o banco não aceitou essa demanda.

Posições e Contestações

“Ainda assim, reafirmamos nossa indignação e repúdio com relação à demissão em massa e a forma como a mesma foi conduzida pelo Ítáu, reforçando também que a mobilização em torno do futuro do home office, da privacidade e transparência em ferramentas de monitoramento, seguirão até que os bancários, não só do Ítáu, tenham seus direitos assegurados”, disse Neiva Ribeiro, presidente do sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. O Ítáu contestou a caracterização de demissão em massa, afirmando que os desligamentos foram “plúrimos” e consideraram as condições individuais de cada colaborador.

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