Itaú prevê oportunidades na bolsa com Ibovespa em 158 mil pontos – Análise Kimura
Ibovespa atinge 158 mil pontos; Márcio Kimura vê oportunidades na bolsa brasileira. Analista do Itaú destaca relação Preço/Lucro em 8,9x e setores defensivo e financeiro
O Ibovespa tem apresentado um desempenho notável nas últimas semanas, com 15 sessões consecutivas de alta, culminando em um patamar de 158 mil pontos nesta terça-feira (11). Essa trajetória ascendente levanta a possibilidade de que o momento ideal para investimentos na bolsa brasileira já tenha passado, mas Márcio Kimura, superintendente da Itaú e head da Itaú Corretora, discorda.
Ele acredita que a bolsa ainda oferece oportunidades, especialmente considerando que os preços das ações continuam relativamente baixos em relação aos lucros esperados das empresas.
Análise da Relação Preço/Lucro
Kimura ressaltou que a relação entre preço e lucro das ações, um indicador fundamental, atingiu níveis historicamente baixos. Apesar das máximas históricas do Ibovespa, essa relação melhorou ligeiramente, indicando que a bolsa ainda pode ter espaço para valorização.
A média histórica dessa relação é de 10,4x, enquanto atualmente se encontra em 8,9x, conforme dados apresentados.
Recomendações do Itaú
Apesar do otimismo em relação à bolsa, o Itaú mantém uma recomendação neutra. Kimura observou que a recente alta já representa uma correção, limitando o potencial de novas valorizações. Ele enfatiza que, embora a bolsa não esteja “zerada”, a perspectiva atual não é de grande otimismo.
Setores em Destaque
Kimura identificou alguns setores que se mostram atrativos, considerando o cenário econômico. Um deles é o setor defensivo, caracterizado por empresas que geram caixa e pagam dividendos, atuando como uma alternativa à renda fixa. A crescente demanda por energia, impulsionada pelo surgimento de data centers e pela inteligência artificial, também beneficia esse setor.
Setor Financeiro e Construção Civil
O setor financeiro, com bancos apresentando resultados robustos mesmo em cenários desafiadores, também é considerado promissor. A expectativa de cortes na taxa Selic pelo Banco Central a partir de 2026 deve impulsionar o setor. Além disso, a Faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida e a perspectiva de queda dos juros favorecem o financiamento imobiliário, estimulando a construção civil.
Fundos Imobiliários (FIIs)
O segmento de fundos imobiliários (FIIs), especialmente os de galpões logísticos e lajes corporativas, também é visto como interessante. A recuperação do mercado imobiliário, impulsionada pela queda dos juros, deve beneficiar esses fundos, que investem em imóveis físicos.
Autor(a):
Redação
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