Itaú Unibanco, Bradesco e Santander: Desempenho em 2025 Revela Diferenças

Itaú Unibanco (ITUB4) consolida liderança com lucro de R$ 34,5 bilhões em 2025. Bradesco aprimora eficiência, Santander enfrenta desafios e Banco do Brasil demonstra resiliência

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(Imagem de reprodução da internet).

Retrospectiva dos Bancos em 2025: Um Panorama de Diferenças e Desafios

O ano de 2025 se revelou um período de contrastes para o sistema bancário brasileiro. Apesar de operarem sob o mesmo cenário macroeconômico, marcado por juros elevados, crédito seletivo e mudanças regulatórias, os grandes bancos apresentaram trajetórias distintas, refletindo a complexidade do ambiente e a capacidade de adaptação de cada instituição.

Itaú Unibanco (ITUB4): A Consistência como Pilar de Sucesso

O Itaú Unibanco reafirmou sua posição de liderança, consolidando um ano de resultados robustos e expansão. Com um lucro líquido de R$ 34,5 bilhões (13,1% a taxa anualizada) e rentabilidade de 22,9% (0,7 ponto percentual), o banco superou as expectativas, mantendo a rentabilidade acima de 20% e revisando para cima o guidance de margem financeira.

O CEO Milton Maluhy Filho enfatizou que a rentabilidade elevada se tornou estratégia em 2025, sustentável mesmo em um cenário desafiador. A disciplina, gestão de capital e geração de valor no longo prazo foram os pilares da estratégia do Itaú, que se consolidou como o “relógio suíço” do sistema financeiro brasileiro.

Bradesco (BBDC4): Avanço Gradual e Foco na Eficiência

O Bradesco encerrou 2025 com a sensação de que o plano de turnaround estava funcionando, mesmo que de forma gradual. A instituição focou em crédito com garantia e melhoria da eficiência operacional, o que se refletiu em dados mais sólidos. Apesar de ter apresentado um lucro líquido de R$ 18,1 bilhões (28,2% a taxa anualizada) e rentabilidade de 14,7% (2,3 ponto percentual), o Bradesco frustrou aqueles que esperavam resultados mais expressivos.

A divisão de seguros, com lucro de R$ 11,5 bilhões e rentabilidade de 11,2%, foi um destaque positivo. O CEO Marcelo Noronha reforçou o foco na expansão das receitas, controle de despesas e melhoria da eficiência, com a meta de reduzir o índice de eficiência para 40% até 2028.

Santander Brasil (SANB11): Montanha-Russa e Ajustes Estratégicos

O ano do Santander Brasil foi marcado por uma trajetória de altos e baixos. O banco enfrentou uma deterioração das carteiras de agronegócio e de pequenas e médias empresas, além de mudanças regulatórias que exigiram mais provisões. O lucro líquido de R$ 4,01 bilhões (17,5% a taxa anualizada) e a rentabilidade de 8,4% foram os níveis mais baixos em quase uma década.

No entanto, o banco realizou ajustes estratégicos, como o foco em segmentos de maior valor agregado e a reestruturação interna para se tornar mais leve e eficiente. O CEO Mario Leão enfatizou a importância de crescer menos, mas melhor, com foco na expansão das receitas e na sustentabilidade da rentabilidade.

Banco do Brasil (BBAS3): Desafios no Agronegócio e Resiliência

O Banco do Brasil enfrentou um ano de dificuldades, com uma queda de 47% no lucro líquido (11,2% a taxa anualizada) e uma rentabilidade de 8,4%. A deterioração da carteira de agronegócio, impulsionada pela inadimplência e pelas mudanças regulatórias, foi o principal fator de pressão.

Apesar dos desafios, o Banco do Brasil demonstrou resiliência, com o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores, Marco Geovanne Tobias, ressaltando a importância de controlar a inadimplência e gerar novos negócios.

Conclusão

O ano de 2025 evidenciou a importância da adaptação e da gestão estratégica para os bancos brasileiros. Enquanto o Itaú Unibanco manteve sua trajetória de sucesso, o Bradesco e o Santander Brasil buscaram se readequar ao novo cenário, e o Banco do Brasil demonstrou resiliência diante dos desafios do agronegócio.

A trajetória de cada instituição reflete a complexidade do ambiente econômico e financeiro brasileiro, e a capacidade de cada banco de enfrentar os desafios com disciplina e visão estratégica.

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