Itaú Unibanco lidera balanços do 3T25 com lucro recorde e alta rentabilidade

Itaú Unibanco lidera balanços no 3T25; Bradesco e Santander mostram recuperação; Banco do Brasil enfrenta desafios. Itaú Unibanco (ITUB4) consolida resultados, enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) buscam crescimento

14/11/2025 7:35

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(Imagem de reprodução da internet).

Desempenho Bancário no 3T25: Uma Maratona de Resultados

A temporada de balanços dos grandes bancos brasileiros no terceiro trimestre de 2025 apresentou um cenário diversificado, com o Itaú Unibanco (ITUB4) consolidando sua liderança e os demais buscando recuperar terreno. O Bradesco (BBDC4) e o Santander Brasil (SANB11) mostraram sinais de recuperação, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) enfrentou desafios persistentes.

Itaú Unibanco (ITUB4): O Corredor de Elite

O Itaú Unibanco (ITUB4) continuou a ser o destaque da temporada, com um lucro líquido de R$ 11,58 bilhões, um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) atingiu 23,3%, demonstrando a eficiência e a gestão do banco.

A empresa revisou para cima o guidance de margem financeira de mercado, impulsionada pela gestão de tesouraria e pela rentabilidade sobre o capital. Apesar de uma margem com clientes um pouco abaixo do esperado, o desempenho do Itaú reforçou a visão de que a consistência é sua principal característica.

Bradesco (BBDC4): O Competidor em Reconstrução

O Bradesco (BBDC4) iniciou um processo de recuperação, com lucro líquido de R$ 6,2 bilhões, um aumento de 18,8%. O ROE de 14,7% reflete a retomada da rentabilidade, mas o banco enfrentou um dilema no 3T25. O JP Morgan classificou o trimestre como “bom, mas sem brilho”, destacando o sucesso da recomposição da rentabilidade.

A divisão de seguros continua sendo um ponto forte, com lucro de R$ 2,5 bilhões e rentabilidade de 22,4%. No entanto, o risco de crédito em clientes corporativos e a necessidade de ajustes na carteira de crédito geraram cautela.

Santander Brasil (SANB11): O “Sprinter” que Surpreendeu

O Santander Brasil (SANB11) surpreendeu com um resultado positivo, impulsionado por uma alíquota efetiva de imposto atipicamente baixa. Apesar de classificado como de “baixa qualidade” pelo JP Morgan, o banco apresentou crescimento na carteira de crédito corporativo, avanço nas receitas de tarifas e melhora na eficiência operacional.

A XP e o Safra destacaram a seletividade na concessão de crédito como um ponto forte.

Banco do Brasil (BBAS3): O Maratonista em Terreno Acidentado

O Banco do Brasil (BBAS3) enfrentou um trimestre desafiador, com lucro líquido em queda de 60% e ROE de 8,4%. A pressão se deve ao crédito agrícola, com atrasos de pagamento e aumento de recuperações judiciais. A XP Investimentos apontou que o trimestre fraco se deve ao custo de crédito ainda pressionado e à deterioração da qualidade de crédito em todos os segmentos.

Apesar disso, alguns analistas enxergam sinais de virada, especialmente se o cenário para o agro normalizar.

Conclusão: Uma Corrida de Gigantes

Em resumo, a temporada de balanços revelou um setor bancário brasileiro diversificado, com o Itaú Unibanco (ITUB4) mantendo a liderança, o Bradesco (BBDC4) e o Santander Brasil (SANB11) buscando recuperar terreno e o Banco do Brasil (BBAS3) enfrentando desafios persistentes.

A corrida continua, e o Itaú, por enquanto, segue correndo sozinho na pista da frente.

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