ITUB4, BBDC4, SANB11 e BBAS3: Analistas apontam destaques positivos e negativos nos próximos balanços do 3T25

Temporada de Resultados Bancários: Análise de Larissa Quaresma

A temporada de resultados trimestrais das companhias brasileiras se aproxima, com foco especial nos grandes bancos. O cenário de alta taxa Selic e a consequente inadimplência generalizada impulsionam a análise dos balanços, buscando identificar os bancos mais resilientes.

Larissa Quaresma, da Empiricus Research, destaca que o impacto da Selic em 15% pressiona o endividamento familiar e empresarial, dificultando o pagamento de juros e amortizações. Ela acredita que o Itaú (ITUB4) se beneficiará de sua política de crédito mais conservadora, mantendo um crescimento saudável da carteira de crédito, superando seus pares.

Análise do Bradesco (BBDC4)

Para o Bradesco (BBDC4), Quaresma espera uma recuperação na rentabilidade, após um período de dificuldades devido à alta Selic. A analista acredita que o banco continuará mostrando sinais de recuperação, apesar do cenário desafiador.

Expectativas para o Santander (SANB11)

O Santander (SANB11) será o primeiro banco a divulgar seus resultados, na quarta-feira, 29 de outubro, antes da abertura do mercado. A analista espera que o resultado do Santander mostre o impacto do setor agro, com um crescimento menor da carteira de crédito focado em alta renda.

Análise do Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar resultados negativos, com um terceiro trimestre ainda pior que o segundo, que já teve um retorno sobre o investimento (ROI) baixo, abaixo de 10%. Isso se deve ao vencimento das operações de crédito agro e ao aumento da inadimplência, especialmente no setor de pequenas e médias empresas. O banco possui 35% da carteira de crédito exposta ao agronegócio.

Recomendação de Investimento

Considerando o cenário, Larissa Quaresma recomenda o Itaú (ITUB4) como a melhor opção de investimento entre os bancos, dada a sua política de crédito mais conservadora e o potencial de superar seus pares. A carteira da analista já acumula alta de 26,3% no ano, superando o Ibovespa, que registrou 21,6% de alta.