João Arruda e Ambipar (AMBP3) sob investigação da CVM após queda acentuada na ação
Ex-diretor da Ambipar, João Arruda, teve reunião com a CVM acompanhado por advogados em negociações delicadas.

Crise na Ambipar: Ex-CFO Busca Audiência com a CVM
O ex-diretor financeiro (CFO) da Ambipar (AMBP3), João Arruda, agendou uma audiência particular com a xerife do mercado de capitais, a CVM, para contribuir com propostas e sugestões para o processo decisório da administração pública em relação a um ato administrativo ou normativo. A reunião estava prevista para segunda-feira (6), entre 10h30 e 11h30, e contaria com a presença de advogados dos escritórios Vieira, Rezende e Guerreiro Advogados e David Rechulski Advogados, com foco em direito criminal.
A Ambipar investiga uma suposta irregularidade relacionada à recompra de ações AMBP3, em possível descumprimento do limite de 10% das ações em circulação (free float). Além de Arruda, o fundador da Ambipar, Tércio Borlenghi Junior, e outros membros da alta gestão estão sendo investigados.
A crise se intensificou após questionamentos sobre o caixa da companhia, com os credores tentando rastrear os recursos da empresa. Um FIDC ligado à Ambipar movimentou R$ 1,2 bilhão recentemente e aumentou provisões contra calotes, segundo o Pipeline. Há dúvidas se esses valores poderiam ser contabilizados como caixa, já que se tratariam de créditos a receber de fornecedores — não recursos líquidos.
Desaceleração das Ações da Ambipar
As ações da Ambipar passaram a ser negociadas abaixo de R$ 1. Por volta das 12h36, AMBP3 desabava 32,14%, cotada a R$ 0,95. Desde o início do ano, os papéis marcam desvalorização de 92% na B3.