John Rodgerson e Alexandre Malfitani sob investigação da CVM sobre Azul

CEO da Azul, John Rodgerson, e CFO Alexandre Malfitani são acusados pela CVM. Processo administrativo aponta projeções de receita de R$ 20 bilhões para 2024.

17/11/2025 19:57

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O CEO da Azul, John Rodgerson, e o CFO, Alexandre Malfitani, foram alvo de uma acusação formal da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil. A acusação está formalizada em um processo administrativo sancionador, indicando que já existe uma formalização da acusação, e não apenas uma investigação em andamento.

A ação foi instaurada pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP).

Um dos focos da investigação da SEP foi a divulgação de projeções futuras por parte de Rodgerson à imprensa em 29 de agosto de 2024. O CEO apresentou uma estimativa de receita de R$ 20 bilhões para o exercício em curso, além da possibilidade de um adicional de R$ 1 bilhão em 2025, com base em seu plano estratégico.

A Azul enfrentava, na época, forte pressão do mercado, que via a recuperação judicial nos Estados Unidos como a única alternativa para a empresa. A diretoria da Azul negou repetidamente a intenção de entrar no “Chapter 11” (processo de recuperação judicial nos EUA).

Contudo, o grupo decidiu buscar a proteção contra os credores na justiça norte-americana em maio de 2025. A Azul (AZUL4) apresentou um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,56 bilhão no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 1,14% em relação ao mesmo período de 2024.

No resultado sem ajustes, a companhia registrou um prejuízo de R$ 644,2 milhões, revertendo o lucro de R$ 389,7 milhões reportado um ano antes. Apesar do prejuízo, o trimestre foi marcado por números operacionais robustos.

O Ebitda ajustado atingiu um recorde de R$ 1,99 bilhão, com alta de 20,2% na comparação anual, e uma margem de 34,6%. O lucro operacional também alcançou o maior nível histórico, somando R$ 1,27 bilhão, com avanço de 23,7%. A receita líquida totalizou R$ 5,73 bilhões, com aumento de 11,8% em relação ao terceiro trimestre de 2024, impulsionada pela demanda consistente, receitas auxiliares e um desempenho mais forte de suas unidades de negócio.

Autor(a):

Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real