JP Morgan alerta: Cautela persiste em Itaú e BTG apesar de ações ‘baratas’
Banco Norte-Americano mantém cautela com sinais positivos em alguns bancos.

Análise do JP Morgan Sobre o Cenário Bancário na América Latina
O JP Morgan atualizou suas expectativas para os principais bancos da América Latina, com foco no Brasil. A análise, divulgada nesta quinta-feira (25), aponta para um cenário de pressão sobre as receitas de tarifas e serviços no terceiro trimestre de 2025 (3T25).
Principais Bancos em Foco
A pesquisa abrangeu instituições como Banco do Brasil (BBAS3), Nubank (ROXO34), Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), Banco Inter (INBR33) e BTG Pactual (BPAC11). O banco norte-americano identificou uma percepção geral de que os bancos brasileiros estão sendo negociados a múltiplos elevados após a forte valorização no acumulado do ano, gerando um sentimento cauteloso entre os investidores.
Preferências dos Investidores
O JP Morgan destacou que o Itaú e o BTG são as preferências dos investidores no Brasil. O Itaú é visto como o mais resiliente diante da pressão competitiva em tarifas, com base em sua escala, diversificação de negócios e capacidade de repassar preços. O BTG, por outro lado, possui um perfil mais voltado para investimentos, gestão de patrimônio e mercado de capitais, segmentos que apresentam maior dinamismo.
Bancos Digitais e Desafios
Na análise dos bancos digitais, o Nubank (ROXO34) gerou discussões sobre potenciais gatilhos para valorizações, com os Estados Unidos sendo o país mais citado para expansão de seus produtos. O Banco Inter (INBR33) enfrentou preocupações com o impacto da inflação baixa no curto prazo e na maturação de seus produtos, como cartões e empréstimos pessoais.
Cautela e Desafios
O Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) foram vistos com cautela, com investidores questionando a sustentabilidade da margem financeira e a falta de visibilidade operacional, respectivamente. O Santander (SANB11) foi considerado um investimento defensivo, devido ao seu perfil mais conservador. A análise do JP Morgan ressalta a necessidade de os bancos se adaptarem a um cenário de maior competição e pressão sobre as receitas.