O Brasil recebeu a recomendação “overweight”, equivalente a uma compra, do JP Morgan, sendo o único país da América Latina a receber essa avaliação. Essa posição reflete uma visão positiva, apesar de desafios esperados para 2026, segundo o banco norte-americano.
Expectativas para 2026
O JP Morgan antecipa um corte na taxa de juros no Brasil já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente impulsiona o mercado de ações brasileiro. Com juros menores, espera-se um aumento no investimento, tanto por investidores locais quanto internacionais, que migram da renda fixa para a bolsa, que tem apresentado resultados positivos nos meses de 2025.
Considerações sobre o Cenário Político
O JP Morgan destaca que as eleições presidenciais e a renovação do Congresso Nacional em 2026 representam um ponto de atenção para os analistas. A disputa eleitoral, que ocorrerá em outubro do ano que vem, envolverá a escolha de deputados, dois senadores, o governador e o presidente.
Desafios e Riscos
A instituição alerta para a importância da agenda fiscal do governo federal. Um compromisso com o equilíbrio fiscal e reformas estruturais pode gerar um cenário positivo, enquanto a falta de ajuste fiscal ou a expansão de gastos podem deteriorar as expectativas e pressionar as taxas de juros.
Eventuais desvalorizações do real ou choques externos podem adiar o afrouxamento monetário.
Recomendações de Ações
O JP Morgan identificou oito ações que devem se destacar em 2026, com três sendo colocadas em “escanteio”. A Magazine Luiza (MGLU3) é mencionada devido à pressão da concorrência e ao cenário macroeconômico desafiador. A Cemig (CMIG4) é vista como uma estatal com risco político e menor potencial de valorização, enquanto a Tupy (TUPY3) enfrenta margens pressionadas e incertezas estratégicas.
