Oi Enfrenta Revés Judicial e Busca Transição para Evitar Falência
A operadora de telefonia Oi (OIBR3) se aproxima de um cenário de encerramento de suas atividades, conforme decisões judiciais recentes. Após avaliações que indicam a incapacidade da empresa de gerar caixa suficiente, a Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento da administração da Oi, incluindo a diretoria e o conselho de administração.
A juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara de Recuperações e Falências, também ordenou o início de um plano de transição para garantir a continuidade dos serviços de telefonia e conectividade. Essa medida visa a evitar a liquidação total da empresa, que se encontra em fase pré-falimentar.
Desafios e Inconsistências Reveladas
A juíza apontou um esvaziamento no patrimônio da Oi, devido a divergências sobre o número de imóveis disponíveis para venda, inconsistências nos dados sobre o caixa e custos considerados “elevadíssimos” com a equipe de gestão. A decisão judicial busca solucionar essas irregularidades e garantir a transparência no processo de recuperação.
Transição e Gestão Judicial
A nova gestão da Oi, liderada pelo sócio-fundador da Preserva-Ação, Bruno Rezende, e com a advogada Tatiana Binato responsável pelas subsidiárias Serede e Tatho, terá 30 dias para decidir se avança com a liquidação da empresa ou se continua o processo de recuperação judicial. A consultoria Íntegra, contratada pelos acionistas, também foi afastada.
Importância da Transição para a Segurança Nacional
A juíza ressaltou que a Oi é a única operadora a atender serviços públicos em vários municípios do país, sendo responsável por 70% do funcionamento do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). A transição dos serviços é vista como uma medida crucial para garantir a segurança nacional.