KPMG Apresenta Retração em Fusões Imobiliárias, Mas Destaca Resiliência do Setor

KPMG aponta retração em fusões imobiliárias, mas destaca resiliência do mercado com foco em fundos e investidores institucionais.

25/12/2025 15:13

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(Imagem de reprodução da internet).

Fusões e Aquisições no Setor Imobiliário Apresentam Retração, mas Indicam Resiliência

Um levantamento da KPMG revelou uma redução de 15,38% no número de operações de fusões e aquisições no setor imobiliário nos nove primeiros meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2024. Entre janeiro e setembro, foram concluídas 33 operações, em contraste com as 39 realizadas no ano anterior.

Apesar dessa retração, o volume de negócios demonstra uma maior seletividade por parte dos investidores, influenciado por custos de financiamento elevados e ajustes no ritmo de novos projetos. O cenário reflete uma análise criterosa das oportunidades disponíveis no mercado.

Desempenho Nacional e Internacional no Setor Imobiliário

Do total de operações, 24 foram realizadas entre empresas brasileiras, enquanto outras duas envolveram companhias estrangeiras adquirindo ativos no Brasil. Uma transação específica ocorreu no exterior, evidenciando a atuação do mercado nacional em escala global.

Segundo Juan Diaz, sócio da KPMG, essa retração não sinaliza um enfraquecimento estrutural do setor imobiliário. Pelo contrário, ele avalia que a demanda por ativos de qualidade sustenta perspectivas positivas, mesmo em um ambiente mais cauteloso.

Recuperação Gradual e Desempenho do Terceiro Trimestre

O Brasil apresentou um desempenho notável no terceiro trimestre de 2024, registrando 425 operações de fusões e aquisições. Esse número inclui 203 envolvendo venture capital, um indicativo do interesse em startups e empresas em fase inicial.

Nos trimestres anteriores, o mercado havia fechado 330 negócios no primeiro e 409 no segundo. O acumulado de janeiro a setembro alcançou 1.164 operações, com uma queda de apenas 2,6% em relação ao mesmo período de 2024. Esse dado reforça um cenário de estabilidade no mercado brasileiro.

Crescimento com Fundos de Investimento

Quando analisados apenas os negócios que envolveram fundos de investimento, houve um crescimento significativo. Foram 566 operações no período, representando um aumento superior a 13% na comparação anual. Esse resultado demonstra a influência crescente de investidores institucionais no setor.

Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG, ressalta que o ambiente macroeconômico ainda impõe limitações a uma retomada mais robusta. No entanto, o aumento do ticket médio e a maior participação de fundos indicam a resiliência do mercado imobiliário, com a presença consolidada de investidores institucionais.

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