Lindomar Castilho, “Rei do Bolero”, falece aos 85 anos após caso trágico

“Rei do Bolero”, Lindomar Castilho, falece aos 85 anos. Filha, Lili De Grammont, confirma morte. Legado musical e caso notório marcaram a trajetória do artista.

20/12/2025 14:05

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(Imagem de reprodução da internet).

Lindomar Castilho, “Rei do Bolero“, Falas aos 85 Anos

Lindomar Castilho, conhecido como o “Rei do Bolero”, faleceu no sábado, aos 85 anos. A informação foi confirmada pela filha, coreógrafa Lili De Grammont, que não divulgou a causa da morte.

O velório será realizado na tarde deste sábado no Cemitério Santana, em Goiânia. Lili publicou uma mensagem online, expressando um tom reflexivo em seu adeus ao pai.

Ela ressaltou a finitude da vida e desejou descanso ao artista. Lili também mencionou a importância de viver com autenticidade e consciência do tempo.

Nascido em Rio Verde, interior de Goiás, Lindomar Castilho alcançou grande popularidade nos anos 70. Sua música, caracterizada por um estilo romântico, dramático e exagerado, influenciou o gênero brega.

Uma de suas canções mais famosas é “Você é doida demais”, que ganhou nova projeção nos anos 2000 ao ser utilizada no seriado “Os Normais”, da TV Globo.

Outro marco na carreira de Lindomar Castilho foi o álbum “Eu vou rifar meu coração”, lançado em 1973 pela RCA, com vendas superiores a 500 mil cópias.

Um evento trágico marcou a trajetória do cantor. Em 30 de março de 1981, durante uma apresentação em São Paulo, Lindomar matou a ex-mulher, a também cantora Eliane de Grammont, que tinha 26 anos. O crime ocorreu na boate Belle Époque, enquanto Eliane interpretava “João e Maria”, de Chico Buarque.

O casal havia sido casado por dois anos.

Após relatos de um relacionamento abusivo, Eliane interrompeu sua carreira e pediu o divórcio. Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele cumpriu parte do processo em liberdade, por ser réu primário, e cerca de sete anos em regime fechado, além do restante em regime semiaberto.

Em 1996, Lindomar Castilho deixou o sistema prisional. A morte do artista encerra uma trajetória marcada por grande sucesso, mas também por um dos casos de feminicídio mais notórios da história da cultura brasileira.

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