A Moura Dubeux (MDNE3) divulgou nesta quarta-feira (13) os resultados do segundo trimestre de 2025. O lucro líquido da construtora avançou 60,6% na comparação anual, atingindo R$ 120 milhões entre abril e junho deste ano.
No semestre, a empresa obteve lucro líquido de R$ 190,7 milhões. Destaca-se a fatia acumulada nos últimos 12 meses, que totaliza R$ 325 milhões. Em entrevista ao Seu Dinheiro, o CEO da Moura Dubeux, Diego Villar, afirmou que isso posiciona a construtora em uma nova escala.
A empresa consolida em outro patamar de lucratividade. A empresa não é mais aquela de R$ 200 milhões de lucro líquido, já estamos nos aproximando dos R$ 400 milhões. Não estamos vivendo apenas um bom ano, a partir de agora estamos em um novo patamar.
Outros destaques do balanço
A receita líquida subiu quase 70% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 664,93 milhões entre abril e junho. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 133 milhões, representando um crescimento de 57% em comparação com o ano anterior. Nesta reportagem, você pode consultar os dados operacionais da empresa neste trimestre.
A margem bruta diminuiu 3,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024, atingindo 33,3%. A rentabilidade, calculada pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE), ultrapassou os 20% pela primeira vez na história da empresa.
O que se pode esperar da Moura Dubeux?
A Ao Seu Dinheiro, liderada por Diego Villar, atribui os resultados com a predominância regional no Nordeste – onde a empresa detém aproximadamente 25% do mercado – e à economia aquecida, mesmo com a Selic em 15% ao ano.
O executivo declara que, considerando a situação atual do país, com juros elevados, mas mantendo o emprego e o crescimento sob controle, a perspectiva permanece positiva.
A empresa ressalta que existem ainda várias oportunidades de crescimento a serem exploradas. Uma delas é a Mood, segmento direcionado à classe média, que deverá ganhar maior destaque, sobretudo devido ao desempenho positivo do programa Minha Casa Minha Vida. Destaca-se que o programa introduziu a Faixa 4 em 2023, que agora abrange financiamentos de imóveis de até R$ 500 mil.
Villar também menciona a Ünica, empresa da Moura Dubeux lançada em 2024 com o objetivo de alcançar a Faixa 3 do programa, embora também se beneficie da expansão da renda possibilitada.
Naquela região, como o Nordeste, com significativos déficits habitacionais e uma parcela considerável da população na classe média, a Moura Dubeux poderá replicar seu sucesso com essas duas empresas. A falta de grandes concorrentes locais e o potencial do Faixa 4 reforçam essa perspectiva, segundo o CEO.
Fonte por: Seu Dinheiro