Luís Stuhlberger descarta “Trade Tarcísio” e aposta em 2026
Luís Stuhlberger alerta para eleição de 2026 com alta volatilidade e rejeita estratégia “Trade Tarcísio”.

Eleições de 2026: Análise de Investidores e Expectativas
As eleições presidenciais de 2026 já estão sendo observadas pelo mercado financeiro, com Luís Stuhlberger, CEO e gestor da Verde Asset, prevendo uma disputa complexa e competitiva. A especulação em torno da candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos), apelidada de “Trade Tarcísio”, é vista com ceticismo, considerando-se uma ilusão.
Stuhlberger ressaltou que o mercado já incorporou a disputa eleitoral, e espera que essa tendência se intensifique. Ele traça paralelos com a eleição de Lula em 2002, onde a expectativa estava precificada meses antes do pleito. No entanto, contrasta com a situação atual, onde a incerteza deve persistir até a data da votação, com chances de 50/50 entre os candidatos.
O gestor destaca a importância da volatilidade eleitoral, comparando-a com a disputa de 2014 entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, que apresentou forte oscilação nos mercados. A eleição de 2026 também deverá ser binária, com flutuações de preços conforme os cenários se desenrolarem.
Stuhlberger avalia que os preços de derivativos sugerem que a continuidade de um governo Lula não seria pior que o governo anterior, mas ele próprio enxerga um risco maior do que o mercado está precificando. Ele adverte contra grandes apostas concentradas, preferindo uma estratégia diversificada.
Estratégia de Investimento da Verde Asset
Em meio à incerteza, o CEO da Verde Asset adota uma abordagem conservadora, distribuindo posições de forma diversificada. A estratégia inclui alocações em ativos como ouro, bitcoin e moedas estrangeiras, incluindo euro e yuan.
O fundo multimercado mantém exposição ao mercado brasileiro, com destaque para o ETF EWZ, que replica as ações brasileiras em Nova York, com vencimento seis meses antes da eleição. Além disso, a Verde Asset utiliza estratégias de hedge para mitigar riscos.
“Estamos diversificados em Brasil, montando posições de hedge. Tem um pouco de tudo, não tem uma mega-posição em nenhuma tese”, conclui Stuhlberger.