Luiza Trajano critica juros altos e pede fim da Selic para o Brasil
Luiza Trajano critica juros altos e defende mudança na política monetária. Executiva do Magazine Luiza (MGLU3) expressa frustração com Selic em 15% e impacta o mercado
O mercado demonstra uma espera constante por sinais de alívio na política monetária. Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza (MGLU3), expressa sua frustração com a manutenção da taxa Selic em um patamar elevado.
A executiva critica frequentemente os juros altos, defendendo uma mudança na condução da política monetária. “Não tem razão desse juro estar nesse valor, porque quem está com problema é a pequena e média empresa. Não tem cabimento”, afirmou.
Impacto nos Negócios
A declaração ocorreu durante a pré-inauguração da Galeria Magalu, nova loja conceito da varejista em São Paulo. Trajano reforçou que a taxa básica de juros — atualmente em 15% ao ano — não é justificável diante das condições econômicas brasileiras.
Segundo ela, a estratégia do Banco Central de perseguir o centro da meta de inflação, de 3%, deveria ser revista.
Desafios para o Varejo
O CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, destaca uma “dicotomia” na economia brasileira: o consumo aquecido pela renda e emprego, contra um custo de capital que dificulta os lucros. Com juros elevados, que chegam a 17% ou 18% ao ano, investimentos e expansão física se tornam desafiadores.
“O custo de capital é tão alto que a despesa financeira tem comido o resultado das companhias. Vender não é um problema, mas converter a venda em resultado é um desafio para um país que tem a taxa de juros real mais alta do mundo, mesmo com a inflação controlada. É meio absurdo o nível de taxa que a gente está pagando”, disse.
Estratégias para o Crescimento
Magazine Luiza aposta em retail media para viabilizar a abertura da Galeria Magalu, uma loja conceito na Avenida Paulista. Essa estratégia de monetização da base digital de consumidores por meio de publicidade é um pilar de crescimento.
Frederico Trajano enfatiza que o recado ao mercado é que “ninguém vai investir muito se esse custo de capital não cair”.
Autor(a):
Redação
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